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A Teoria da Evolução dos seres vivos

Entenda os principais mecanismo que atuam na evolução das espécies

A Teoria da evolução dos seres vivos é algo relativamente novo na história das ciências. Apesar disso há tempos o homem procura explicações pro fato de haver tantas espécies diferentes em nosso planeta. Há tempos, o homem se pergunta como as espécies sugiram?

Antes de prosseguir, dê uma olhada na vídeo aula logo abaixo sobre algumas considerações sobre evolução e depois continue com a leitura.

O que é a Teoria da Evolução

teoria da evolução é uma teoria científica que explica como as espécies evoluem. Ela explica que as espécies existentes resultam de um lento processo de evolução. Há várias teorias da evolução. Nesta aula algumas delas serão abordadas

A teoria da evolução é uma contraposição de Teorias Criacionistas, que dizem que o universo e a vida foram criadas por Deus.

Resumidamente vamos falar nos seguintes assuntos:

  • As ideias do criacionismo e do fixismo.
  • A relação entre a adaptação dos seres vivos ao ambiente com sua evolução.
  • As duas leis de Lamarck para explicar a evolução dos seres vivos.
  • A influência das observações de Darwin durante a viagem no HMS Beagle para o fundamento de suas ideias evolucionistas.
  • A relação dos fósseis com a ideia da evolução.
  • O papel dos tentilhões de Galápagos na fundamentação da teoria da seleção natural de Darwin.
  • O fundamento da teoria de Darwin sobre a evolução dos seres vivos por seleção natural.
  • Os conceitos de camuflagem e mimetismo e sua relação com a seleção natural.

Como as características são adquiridas?

DNA Strands

É muito comum, nos seres humanos, encontrarmos semelhanças físicas entre pais e filhos. No entanto, as razões dessas semelhanças foram um mistério por muito tempo.

Hoje já temos algumas respostas: sabe-se que cada ser vivo apresenta, em suas células (as unidades da vida), algumas informações que, juntamente com a ação do ambiente, irão levar às características que são de cada um.

Essas informações estão no material genético e as características são hereditárias quando podem ser passadas para os descendentes, ou seja, de pais para filhos.

Até o início do século XX, era comum se aceitar que características adquiridas no decorrer da vida poderiam ser passadas para os descendentes, isto é, poderiam ser herdadas.

Por exemplo, supunha-se que uma pessoa que praticasse atividade física intensa e, por isso, tivesse maior volume muscular, teria descendentes com músculos desenvolvidos.

Se essa ideia fosse verdadeira, as variações físicas entre indivíduos de uma população seriam muitas, formando populações com características tão diferentes das iniciais que, depois de muitas gerações, haveria formação de novas espécies (as espécies estariam evoluindo). No entanto, essa teoria – e outras que surgiram para explicar por que existem tantas espécies de seres vivos no planeta – não é mais aceita.

Veja também:

Vamos conhecer algumas das principais teorias já criadas para explicar a evolução dos seres vivos.

O criacionismo e o fixismo

Propostas para o ensino das Teorias da Evolução

A ideia de que Deus deu origem a todas as criaturas existentes na Terra, o criacionismo, está nos livros sagrados de diversas religiões, como na Bíblia (livro sagrado no cristianismo), na Torá (livro sagrado no judaísmo) e no Alcorão (livro sagrado no islamismo) e é aceita por muitas pessoas.

De acordo com o criacionismo, as espécies são criadas por uma entidade superior e permanecem sempre iguais ao momento de sua criação (são espécies fixas), ou seja, as espécies não se alteram com o tempo. A ideia de que as espécies não mudam nem mudarão ao longo do tempo é conhecida como fixismo.

Veja a aula Hipótese heterotrófica aqui no site para complementar seus estudos.

O transformismo de Lamarck

As ideias fixistas do criacionismo foram contestadas por diversos cientistas ao longo da história. Porém, somente no final do século XVIII e início do século XIX que alguns naturalistas, entre eles o francês Lamarck (1744-1829), apresentaram evidências de que as espécies poderiam se modificar ao longo do tempo. Essa ideia é conhecida como transformismo (ou evolucionismo).

Ideias Evolucionistas

As ideias evolucionistas são muito antigas. O filósofo grego Hipócrates (460–377 a.C.), por exemplo, acreditava que as características dos seres vivos podiam ser adquiridas e passadas às gerações seguintes.

Um exemplo disso são as crianças gregas de origem nobre: elas tinham as suas cabeças enfaixadas para que, quando adultas, ficassem com a cabeça alongada.

Na época de Hipócrates, a cabeça alongada era considerada um sinal de nobreza e de superioridade. Para ele, as crianças incorporavam essa característica e, assim, poderiam passá-la para as demais gerações – o que de fato não acontecia.

Contrariando as ideias fixistas, Lamarck considerava que os indivíduos poderiam sofrer transformações e poderiam transmitir as novas características aos seus descendentes.

Podemos dizer que, para Lamarck, as espécies tendiam a ficar mais complexas, e que essa era uma tendência natural dos seres vivos.

Esse aumento de complexidade, ou seja, o aparecimento das novas características, aconteciam em função das necessidades impostas pelo ambiente em que vivem.

As mudanças apareceriam de acordo com o uso e desuso dos órgãos e passariam para seus descendentes.

As leis de Lamarck explicavam  como os seres vivos se formavam, se desenvolviam, se reproduziam e se j transformavam.

1-    lei – As necessidades impostas pelo ambiente levam os organismos a mudarem seus hábitos e essas mudanças de hábito alteram os padrões de uso desuso dos órgãos. Se o uso de um órgão for frequente, ele se desenvolve. Caso o uso seja reduzido (desuso), o órgão tende a diminuir (atrofiar) d e até a desaparecer. Essa lei também é 1 conhecida como lei do uso e desuso.

2-    lei – Somente as alterações provocadas pela adaptação ao ambiente são passadas para seus descendentes, transformando, assim, as espécies. As mudanças provocadas por acidentes ou amputações não são transmitidas às gerações seguintes.

Os naturalistas contemporâneos de Lamarck aceitavam a ideia da herança de características adquiridas. Atualmente, as explicações evolutivas de Lamarck não são mais aceitas pelos cientistas, entretanto, é importante ressaltar que suas ideias contrárias ao fixismo das espécies foram fundamentais para as discussões propostas posteriormente.

Á Teoria da  Seleção Natural

Em 1859, o pesquisador inglês Charles Darwin (1809–1882) publicou o livro A origem das espécies, no qual propõe uma nova teoria para explicar a evolução dos seres vivos, embora ele tenha aceitado várias ideias lamarckistas.

Anos antes da publicação de seu livro, em 1831, Darwin, que tinha 22 anos, embarcou como o naturalista de uma expedição ao redor do mundo.

Durante a viagem, coletou dados que serviram de base para o desenvolvimento de sua teoria – uma proposta para explicar as mudanças que ocorrem nas espécies ao longo do tempo.

O termo evolução (do latim evolutione = ação de desenrolar), como usamos hoje, refere-se a mudanças nas espécies ao longo do tempo. Até meados do século XIX, evolução significava apenas o desenvolvimento do organismo, do ovo até a fase adulta.

Durante sua viagem ao redor do mundo, Darwin coletou fósseis de partes do esqueleto de animais enormes, como do tatu-gigante (Glyptodon) e da preguiça–gigante (Megatherium). Esses animais foram extintos por volta de 10 mil anos atrás e chegavam a medir 6 m de comprimento.

Darwin notou muitas semelhanças entre os fósseis desses animais extintos com os tatus e as preguiças atuais, apesar das diferenças de tamanho.

Essas observações levaram Darwin a acreditar que as espécies se modificavam ao longo do tempo. Ele imaginou que, provavelmente, as preguiças e os tatus atuais deveriam ter algum parentesco com seus semelhantes gigantes já extintos.

Em Galápagos, um conjunto de ilhas a 1 300 km da América do Sul (reveja o mapa da página anterior), Darwin observou que as ilhas eram habitadas por aves conhecidas como tentilhões, que lhe pareceram tão diferentes entre si que ele não compreendeu sua importância.

Tentilhos de galápagos

Somente ao voltar à Inglaterra, o especialista em aves John Gould lhe indicou que todas elas eram do mesmo gênero e, então, a situação dos tentilhões ficou clara para ele.

Essas espécies, apesar de aparentadas, apresentavam bicos com diferentes formatos, dependendo da ilha em que se encontravam. Darwin observou que cada tipo de bico era adaptado ao tipo de alimento disponível em cada ilha.

Para ele, o fato de cada espécie habitar somente uma ou poucas ilhas significava que as espécies estariam mais bem adaptadas ao ambiente em que viviam.

Veja a aula Introdução a taxonomia, sistemática, especiação e filogenia para complementar os seus estudos.

 Wallace e a Seleção Natural

De forma independente, outro naturalista britânico, Alfred Russel Wallace (1823-1913), chegou às mesmas conclusões que Darwin sobre a seleção natural.

Em artigo publicado em 1858, Wallace defendia a ideia de que a seleção natural era o mecanismo pelo qual as espécies evoluíam.

No mesmo ano de 1858, ambos apresentaram suas teorias em uma reunião científica, em Londres. Wallace reconheceu a prioridade de Darwin pela teoria, pois ela trazia outras contribuições, além da ideia de seleção natural.

Atualmente, a teoria da seleção natural é considerada uma proposição tanto de Wallace como de Darwin.

Alguns tipos de adaptações dos seres vivos

A seleção natural age o tempo todo sobre os seres vivos. Dentro das populações, os indivíduos apresentam variações que podem conferir vantagens ou desvantagens em um determinado ambiente.

Com isso, no decorrer do tempo, sobrevivem os indivíduos melhor adaptados às condições ambientais daquele momento.

Na luta pela sobrevivência é muito importante tanto a defesa contra os predadores quanto a própria predação. Nesse sentido, existem duas formas de adaptação extremamente interessantes.- a camuflagem e o mimetismo.

Camuflagem

Bicho pau

Animais que apresentam camuflagem têm características corporais que os tornam parecidos com o ambiente em que vivem, na cor ou no aspecto. Dessa forma, eles conseguem se esconder de possíveis predadores e presas.

Há evidências de que os animais que conseguem se camuflar melhor no ambiente em que vivem são menos predados, portanto vivem por mais tempo. Assim, conseguem deixar mais descendentes.

Mimetismo

Cobra coral verdadeira e falsa
O mimetismo (do latim mimere = imitar) é um tipo de adaptação em que um organismo apresenta características que o deixam parecido com um indivíduo de uma espécie diferente da sua.

Essa imitação pode ser da cor, da forma do corpo e até do comportamento, e ajuda os organismos a despistarem predadores.

Em um dos tipos de mimetismo, o benefício é conseguido por apenas um dos organismos envolvidos. Isso acontece, por exemplo, quando um ser inofensivo imita um ser perigoso, como no caso das serpentes falsas-corais (não venenosas), que tem uma relação de mimetismo com as corais-verdadeiras (venenosas).

Outro tipo de mimetismo ocorre quando duas ou mais espécies diferentes se assemelham na aparência e apresentam outra característica comum. Essa característica pode ser, por exemplo, o gosto desagradável para predadores.

Nesse caso, existe benefício para as duas espécies, já que cada uma delas ganha proteção devido à similaridade com a outra.

Para complementar seus estudos, sugiro a leitura do artigo do site Biologia Top sobre a Teoria da Evolução de Charles Darwin.

Será que o colorido de alguns animais só os deixa mais bonitos?

Rã usada pelos índios

Alguns animais apresentam um colorido chamativo, conhecido como coloração de advertência. Esse tipo de coloração é uma forma de sinalizar para os possíveis predadores que tentar comê-lo não é um bom negócio.

Normalmente, as espécies com coloração de advertência apresentam, como defesa contra seus predadores, um gosto ruim, substâncias irritantes ou, ainda, veneno.

Resumo da Aula A Teoria da Evolução dos seres vivos

  • como as características podem ser adquiridas
  • as teorias da criação dos seres vivos X teorias da evolução dos seres vivos
  • as transformações da ideia de evolução ao longo do tempo
  • a teoria da seleção natural

A Teoria da Evolução dos seres vivos é assuntos mais controversos da ciência moderna. Qual a sua opinião sobre esse tema?

Fonte:

Ferrer, Luiz C.; Schechtman,Eduardo; Manoel ,José; Vellos, Herick M. Companhia das Ciências.

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27 Comentários

  1. Gostei muito da reportagem, mais acho que vocês fizessem uma falando especificamente do assunto, e não de como os seres vivos foram criados, mas…
    Obrigado mesmo assim!
    Me ajudou muito por que tinha um trabalho para fazer sobre isso!

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