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Os tipos de serpentes peçonhentas

Neste artigo veremos alguns tipos de serpentes peçonhentas e as diferenças entre elas. A peçonha das serpentes é a secreção das glândulas de veneno, que são glândulas salivares modificadas, situadas lateralmente ao longo dos maxilares. São envolvidas por tecido muscular, responsável pela compressão e pela saída da peçonha.

Serpentes peçonhentas têm presas, dentes especializados que podem inocular a peçonha, que flui por um canal interno ou por sulcos externos. Serpentes são classificadas de acordo com o tipo de presa:

  • Aglifodontes (ou áglifas). Não possuem dentes inoculadores. São exemplos a sucuri (gênero Eunectes) e a jiboia (gênero Boa), que matam suas presas por constrição, sem inocular a peçonha.
  • Solenoglifodontes (ou solenóglifas). Presas anteriores, retráteis, com canal central, em posição anterior; inoculam peçonha. No Brasil, pertencem aos gêneros Crotalus (cascavel), Bothrops (jararaca, urutu, jararacuçu) e Lachesis (surucucu). As serpentes solenoglifodontes possuem um órgão que se abre entre os olhos e as narinas, chamado fosseta loreal, que possibilita detectar infravermelho, radiação associada à emissão de calor. Essas serpentes percebem a presença de animais homeotérmicos, que são mais quentes que o ambiente e dissipam calor.

Os tipos de serpentes peçonhentas

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As peçonhas das serpentes podem ter várias ações: ação proteolítica (gêneros Bothrops Lachesis). Promove a destruição de proteínas dos tecidos afetados, que se manifesta com necrose da pele, dos músculos e dos tendões.

Ação coagulante hemorrágica (gêneros Crotalus, Bothrops Lachesis). Provoca a coagulação intravascular do sangue e consumo exagerado dos fatores da coagulação, determinando dificuldade de coagulação, que pode representar risco de hemorragias.

Ação miotóxica (gêneros Crotalus Lachesis). Ocasiona a destruição de células musculares, com liberação de mioglobina, proteína presente nessas células.

Excretada pelos rins, dá à urina uma coloração avermelhada e, tardiamente, cor de refrigerante de cola. O quadro pode evoluir para lesões renais e morte.

Ação neurotóxica (gêneros Micrurus, Crotalus Lachesis). A ação sobre o sistema nervoso central provoca pálpebras superiores caídas (ptose palpebral), visão dupla, diâmetros diferentes das duas pupilas, dores musculares,

sonolência etc. Também pode provocar dificuldade respiratória, eventualmente levando à morte por asfixia.

Em caso de acidente ofídico, recomendam-se as seguintes medidas:

  • não aplicar torniquete, que impede a circulação do sangue e pode provocar necrose ou gangrena;
  • não colocar, na lesão, material estranho, como folhas ou pó de café, que podem causar infecção;
  • não cortar a lesão, já que algumas peçonhas podem provocar hemorragia; além disso, objetos cortantes não desinfetados favorecem a ocorrência de infecção e hemorragia;
  • não dar à vítima bebidas alcoólicas, querosene ou outras substâncias, pois, além de inúteis, podem causar intoxicação;
  • manter a vítima deitada e em repouso, já que a movimentação facilita a absorção da peçonha;
  • conduzir a vítima imediatamente a um serviço de saúde, para tratamento específico.

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Fontes: Instituto Butantã

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