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Fatores e componentes abióticos

Para entender os ecossistemas é fundamental entender também os fatores e componentes abióticos.  Esses fatores são por definição aqueles que não possuem vida.

O solo, a luz solar, a temperatura, a água são exemplos de fatores abióticos. Esses componentes podem ser determinantes do desenvolvimento dos fatores bióticos (o seres vivos).

Principais fatores e componentes abióticos

Podemos considerar como os principais fatores e componentes abióticos em um ecossistema:

  • Radiação e luz solar
  • Ventos
  • Pressão atmosférica
  • Calor
  • Variação da temperatura
  • Umidade do ar
  • Água
  • Chuvas
  • Salinidade
  • Solo
  • Nutrientes existentes na água e na terra

Veja aqui no site a aula Principais ecossistemas brasileiros. Outra aula que pode complementar esse assunto é as relações ecológicas entre os seres vivos.

Os fatores abióticos, particularmente aqueles relacionados ao clima, são influenciados, entre outros, pela relação entre a Terra e o Sol, fundamental na dinâmica do planeta.

fatores e componentes abioticos

A radiação solar, parte da qual é constituída de luz visível, necessária à realização de fotossíntese, aquece a Terra, associa-se à evaporação da água e à formação de nuvens e de ventos.

Fundamentalmente, a temperatura e a disponibilidade de água, sais, luz e gases regulam a distribuição de produtores e de outros seres vivos, como consumidores e decompositores.

insolação (quantidade e distribuição de radiação solar que incide sobre o planeta) relaciona-se com os dois movimentos básicos da Terra: rotação translação.

As estações do ano estão relacionadas com o movimento de translação e com a posição da Terra durante esse movimento. As mudanças de estação são caracterizadas por variações de temperatura, umidade e duração do dia e podem provocar alterações nos seres vivos, como o comportamento de acasalamento, migrações, queda de folhas e floração.

A rotação é responsável pela alternância dia-noite, que exerce grande influência nos seres vivos. Certos animais são mais ativos durante o dia; outros, durante a noite. Plantas sofrem influência dessa alternância na taxa de fotossíntese, na abertura de flores e no dobramento de folhas.

A rotação da Terra influencia também a formação e a manutenção das correntes marítimas e de ar. As correntes que se movimentam dos polos em direção à linha equatorial são frias; as que se afastam dela são quentes.

A água quente é menos densa e mantém-se mais superficialmente; a água fria, ao contrário, é mais densa e tende a ficar no fundo.

A América do Sul, no litoral do oceano Pacífico, é banhada por uma corrente fria. Nessa região ocorre o fenômeno da ressurgência, um afloramento de águas frias das profundezas oceânicas, que trazem nutrientes (como nitratos e fosfatos), facilitando o desenvolvimento de algas e, consequentemente, de toda a teia alimentar, e também de peixes.

Boa parte da costa brasileira, no litoral do oceano Atlântico, é banhada por uma corrente quente e superficial, que determina menor potencial pesqueiro em relação ao oceano Pacífico. •

As correntes marítimas podem influenciar a pluviosidade de uma região. No norte do Chile, por exemplo, os ventos provenientes do mar, carregados de umidade, ao passarem sobre áreas de influência da corrente fria, sofrem resfriamento, ocorrendo grandes precipitações de chuva.

Esses ventos, que chegam já secos ao continente, determinam grande aridez em uma vasta área, o deserto de Atacama. Fenômeno semelhante a esse acontece no deserto da Namíbia, na África sendo assim importantes componentes abióticos para essa região

Outro aspecto relaciona-se à distribuição geográfica dos desertos. Nas regiões equatoriais, o aquecimento dos oceanos pelo Sol mantém alta a taxa de evaporação.

O ar aquecido e rico em vapor de água sobe para camadas mais elevadas da atmosfera e dirige-se aos trópicos. No trajeto, o vapor de água condensa-se, e ocorrem precipitações de chuva.

Ao chegarem a latitudes próximas de 30° Norte ou Sul, as massas de ar quase já não apresentam umidade. Por isso, em latitudes entre 30° e 40°, são encontrados grandes desertos, como o Saara, o deserto da Austrália e o deserto de Gobi (na Ásia).

As terras cobrem pouco mais de um quarto da superfície do planeta, e apresentam perfil irregular. A formação do relevo, por dobramentos da f crosta terrestre e pela contínua fragmentação das rochas, chamada intemperismo (causada pelas águas, ventos e outros fatores), modela a superfície do planeta.

A elevação das montanhas é uma das alterações de relevo que causam maior impacto no ambiente, pois funcionam como barreiras que podem impedir a passagem de nuvens carregadas de umidade.

A altitude influencia a temperatura; por exemplo, escalar uma montanha alta equivale a se deslocar em direção ao polo, passando sucessivamente por regiões mais frias e com diferentes tipos de cobertura vegetal.

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Bibliografia

 

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