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Características gerais dos Celenterados – Resumo

O que são celenterados, sua reprodução, importância, principais exemplos

Os celenterados são animais que vivem exclusivamente em meio aquáticos, a maioria das espécies é marinha. Uma característica muito marcante desse grupo é o fato de terem corpo mole e gelatinoso.

Seus representantes mais conhecidos são as anêmonas e as hidras, ambas sésseis, e as águas–vivas ou medusas, que não são fixas e podem nadar livremente. Há espécies, como a caravela-portuguesa, que flutuam e locomovem-se levadas peias correntes marítimas.

Os animais celenterados também podem receber o nome de Cnidários.

Os corais também são celenterados sésseis. Esses pequenos animais agrupam-se em colônias e produzem carbonato de cálcio, um esqueleto que funciona para dar sustentação ao animal.

Veja no site um resumo sobre os outros filos do Reino Animal.

Anêmonas, hidras e corais apresentam, em geral, corpo com forma de vaso conhecida como pólipo. Pólipos são animais que tem sua boca um conjunto de tentáculos, que se localizam na parte do superior. Vivem pressas em estruturas submersas.

Outra forma comum do corpo dos celenterados é a medusa, que é semelhante à forma de um guarda-chuva. As medusas podem se movimentar livremente na água.

Esse tipo de cnidário apresenta a boca na parte central e inferior do corpo e seus tentáculos estão localizados ao redor do corpo.

Outra novidade evolutiva dos celenterados é a presença de tecidos. Os tecidos são um conjunto de células semelhantes que executam a mesma função.

Os celenterados apresentam tecidos musculares, sensoriais e nervosos; por isso, podem movimentar-se, perceber o ambiente e coordenar suas ações.

anatomia dos celenterados
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Reprodução dos celenterados

Os celenterados podem se reproduzir de maneira assexuada e sexuada.

Alguns pólipos reproduzem-se assexuadamente, por brotamento, de maneira semelhante à que ocorre nas esponjas.

reprodução dos cnidários
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Tanto em medusas como em alguns pólipos pode ocorrer reprodução sexuada. Nesse caso, os gametas masculinos (espermatozoides) liberados na água movem-se até encontrar e fecundar os gametas femininos (óvulos) de outro animal da mesma espécie. A fecundação forma uma larva ciliada, que se desenvolve e origina um novo indivíduo.

Relações ecológicas

Algumas das relações ecológicas já estudadas em outros grupos de seres vivos também ocorrem nos seres vivos dos filos estudados neste capítulo.

É o caso, por exemplo, das colônias, uma relação intraespecífica que já foi vista nas bactérias; e do mutualismo, uma relação interespecífica vista nas bactérias, nos protozoários, nas algas, nos musgos e nas angiospermas.

Colônias

Nas colônias, indivíduos da mesma espécie ficam agrupados de modo a agirem cooperativa-mente entre si. Há casos, inclusive, em que ocorre divisão de tarefas, como na caravela-portuguesa.

Nessa associação, existem indivíduos especializados na alimentação, na reprodução, na defesa e na movimentação da colônia; também há indivíduos que formam uma estrutura cheia de ar – o flutuador – que permite que a caravela flutue e se desloque em função da corrente marinha.

Os tentáculos da caravela-portuguesa apresentam cnidócitos e são formados por outros indivíduos. Assim, a atuação conjunta de todos esses indivíduos comporta-se como um único organismo.

Os corais também são colônias de celenterados. Esses animais produzem um esqueleto calcário, formando recifes, atóis e até pequenas ilhas.

Os indivíduos que formam o coral, mantém contato entre si e podem trocar substâncias. Os corais são encontrados preferencialmente em águas rasas e quentes, principalmente em ambientes tropicais.

Na costa da Austrália, encontra-se a maior barreira de recifes de coral do mundo: a Grande Barreira de Recifes, com mais de 2000 km de extensão. Ao longo da costa brasileira, há muitos recifes de coral, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O nome da cidade de Recife (PE) deve-se à existência de um grande recife de coral no mar que a banha.

Mutualismo

A hidra apresenta algumas algas verdes que vivem em seu corpo em uma relação mutualística. As algas verdes, ao realizarem fotossíntese, fornecem à hidra substâncias orgânicas e esta, por sua vez, garante às algas abrigo e nutrientes. Nesse caso, os organismos envolvidos dependem um do outro para sobreviver.

Em alguns casos de mutualismo, ambas as espécies, apesar do benefício mútuo da relação, não são dependentes uma da outra. Esse é o caso das anêmonas-do-mar e dos paguros ou ermitões.

Estes últimos são caranguejos que apresentam parte do corpo mole, vulnerável aos seus predadores; por esse motivo, acabam se alojando em conchas abandonadas por outros animais, os moluscos.

Dessa forma, tanto o caranguejo como as anêmonas beneficiam-se da relação: o ermitão é favorecido por ter em sua concha um animal capaz de afugentar possíveis predadores (lembre-se dos cnidócitos presentes nos tentáculos da anêmona); e a anêmona, por ser carregada pelo paguro, pode explorar mais o ambiente do fundo do mar, aumentando suas chances de captura de alimento.

No entanto, ambos podem sobreviver de forma independente. Esse tipo de relação é chamado mutualismo facultativo ou protocooperação.

O perigo das águas-vivas e caravelas

Águas-vivas e caravelas são responsáveis por cerca de 25% dos acidentes provocados por animais marinhos no Brasil.

As caravelas são celenterados que apresentam tentáculos com estruturas que contêm substâncias venenosas. Quando os tentáculos são tocados, essas substâncias são liberadas, causando queimaduras e dor intensa na região atingida.

Em alguns casos, as queimaduras são tão intensas que é necessário encaminhar a vítima para o hospital. Os acidentes com águas–vivas ocorrem principalmente no verão, época em que há mais banhistas nas praias.

Para fixar o que aprendeu dê uma olhada no slide abaixo. É perfeito também utilizá-lo em uma aula ou apresentação de um trabalho.

Resumo da aula Características gerais dos Celenterados

  • As principais características dos celenterados.
  • Como os celenterados obtêm seus alimentos.
  • As novidades evolutivas dos celenterados em relação aos poríferos.
  • Algumas relações ecológicas encontradas nos celenterados.

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Bibliografia

  • Biologia Mainha – 8ed – Link
  • Biologia dos Invertebrados 7ed – Link

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