{"id":12879,"date":"2019-03-23T13:26:52","date_gmt":"2019-03-23T13:26:52","guid":{"rendered":"https:\/\/planetabiologia.com\/?p=12879"},"modified":"2022-11-23T14:02:21","modified_gmt":"2022-11-23T14:02:21","slug":"o-que-e-fisiologia","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-fisiologia\/","title":{"rendered":"O que \u00e9 fisiologia"},"content":{"rendered":"

A fisiologia<\/strong> do corpo humano apresenta enorme complexidade no que diz respeito \u00e0s estruturas que o comp\u00f5em e uma grande diversidade de fun\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas e f\u00edsicas.<\/p>\n

Todos os sistemas e \u00f3rg\u00e3os do corpo humano<\/strong><\/a> se inter-relacionam e funcionam com a m\u00e1xima harmonia em um organismo s\u00e3o. Por conseguinte, o estudo dos mecanismos funcionais dos seres vivos \u00e9 imprescind\u00edvel para as ci\u00eancias m\u00e9dicas e biol\u00f3gicas.<\/p>\n

Afinal, o que \u00e9 fisiologia<\/h2>\n

Fisiologia \u00e9 a ci\u00eancia que estuda as fun\u00e7\u00f5es do organismo vivo e de suas partes. Tem por objetivo o conhecimento dos meios f\u00edsicos, qu\u00edmicos e f\u00edsico-qu\u00edmicos pelos quais os organismos realizam os v\u00e1rios processos necess\u00e1rios \u00e0 vida.<\/p>\n

\"o<\/p>\n

Seu campo \u00e9 vasto, pois compreende desde os seres unicelulares<\/strong><\/a> (bact\u00e9rias, protozo\u00e1rios, algas) at\u00e9 os organismos multicelulares (animais e plantas) mais desenvolvidos e complexos.<\/p>\n

O interesse dos fisiologistas abrange as fun\u00e7\u00f5es do organismo como um todo e tamb\u00e9m as fun\u00e7\u00f5es espec\u00edficas dos \u00f3rg\u00e3os, das c\u00e9lulas e de suas partes (membrana celular, citoplasma, n\u00facleo, mitoc\u00f4ndrias, nucl\u00e9olo<\/a>).<\/p>\n

Devido \u00e0 multiplicidade e complexidade dos assuntos surgiram especializa\u00e7\u00f5es dentro da fisiologia. Al\u00e9m disso, em outras \u00e1reas das ci\u00eancias biol\u00f3gicas (embriologia, anatomia, patologia) h\u00e1 implica\u00e7\u00f5es fisiol\u00f3gicas importantes, a que os especialistas t\u00eam dedicado muitas pesquisas.<\/p>\n

A fisiologia estuda a caracter\u00edsticas dos seres vivos<\/h2>\n

Quando um observador se det\u00e9m no exame dos seres vivos, o que mais impressiona \u00e9 sua diversidade de forma e fun\u00e7\u00f5es. Mesmo entre os animais \u00e9 grande a diversidade estrutural e fisiol\u00f3gica. Entretanto, em linhas gerais e de conjunto, observa-se que tamb\u00e9m as semelhan\u00e7as entre os seres vivos s\u00e3o in\u00fameras.<\/p>\n

\"Fisiologia<\/a>
Betty Wills<\/a>, CC BY-SA 4.0<\/a>, atrav\u00e9s da wiki Wikimedia Commons<\/figcaption><\/figure>\n

 <\/p>\n

Todos vivem num ambiente do qual diferem em sua composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica e com o qual s\u00e3o obrigados a manter troca de material para conservarem a estrutura, a composi\u00e7\u00e3o e o processamento normal de suas fun\u00e7\u00f5es vitais.<\/p>\n

Todos tamb\u00e9m metabolizam, isto \u00e9, queimam ou degradam materiais para a obten\u00e7\u00e3o da energia necess\u00e1ria ao crescimento, \u00e0s atividades e ao reparo dos desgastes org\u00e2nicos. Al\u00e9m disso, todos se reproduzem, coordenam as atividades de suas v\u00e1rias partes e tratam de ajustar-se \u00e0 natureza e \u00e0s varia\u00e7\u00f5es do ambiente.<\/p>\n

Os organismos vivos s\u00e3o formados em parte de compostos qu\u00edmicos (prote\u00ednas, \u00e1cidos nucl\u00e9icos) que n\u00e3o existem normalmente no ambiente que os cerca. Constituem-se de uma c\u00e9lula ou de grupos de c\u00e9lulas, cada uma das quais circundada por uma membrana celular<\/a>.<\/p>\n

Dentro da c\u00e9lula, o protoplasma tem em geral composi\u00e7\u00e3o muito diferente da do meio circundante. A exist\u00eancia de estruturas organizadas e as diferen\u00e7as de composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica entre o organismo e o ambiente representam o trabalho que esse organismo realiza.<\/p>\n

O ser vivo \u00e9, portanto, descont\u00ednuo – ou n\u00e3o-homog\u00eaneo – com rela\u00e7\u00e3o ao meio em que se encontra. Essa n\u00e3o-homogeneidade com o ambiente n\u00e3o basta para distinguir os seres vivos dos inanimados, pois um peda\u00e7o de madeira, uma pedra ou uma m\u00e1quina complexa t\u00eam o mesmo atributo. Entretanto, esses corpos inanimados existem permanentemente com uma dada por\u00e7\u00e3o de material.<\/p>\n

Os seres vivos, contudo, mant\u00eam sua estrutura apesar das altera\u00e7\u00f5es na identidade das mol\u00e9culas de que s\u00e3o constitu\u00eddos, o que exige um controle sobre o que absorvem ou expelem (trocas com o ambiente).<\/p>\n

As membranas que cobrem as c\u00e9lulas, as mucosas de certos \u00f3rg\u00e3os – como intestinos, pulm\u00f5es<\/strong><\/a>, rins – e, \u00e0s vezes, as camadas externas dos organismos multicelulares s\u00e3o semiperme\u00e1veis, isto \u00e9, permitem que algumas subst\u00e2ncias as atravessem com dificuldade relativamente pequena, e barram a passagem de outras constitu\u00eddas de mol\u00e9culas grandes.<\/p>\n

Essas membranas semiperme\u00e1veis controlam qualitativamente o tipo de subst\u00e2ncia que as atravessa. Se esse fosse o \u00fanico meio de controle, as subst\u00e2ncias que atravessassem a membrana tenderiam para concentra\u00e7\u00f5es iguais dentro e fora da c\u00e9lula.<\/p>\n

Somente o consumo e a produ\u00e7\u00e3o cont\u00ednuos de material podem manter a diferen\u00e7a de concentra\u00e7\u00e3o. Entretanto, al\u00e9m desse carreamento passivo de subst\u00e2ncias, h\u00e1 um mecanismo ativo de transporte que consegue fazer passar elementos de um meio de concentra\u00e7\u00e3o mais baixa para outro, de concentra\u00e7\u00e3o mais elevada.<\/p>\n

O homem e a maioria dos organismos multicelulares<\/strong> t\u00eam dois ambientes: um externo e outro interno. O ar e a \u00e1gua, que os circundam como um todo e penetram em seus corpos, constituem o ambiente externo com o qual se processar\u00e3o as trocas.<\/p>\n

As c\u00e9lulas do corpo est\u00e3o distantes desse ambiente. Elas s\u00e3o circundadas pelo sangue e pelos l\u00edquidos org\u00e2nicos, que constituem o ambiente com o qual promovem suas trocas. O ambiente externo dessas c\u00e9lulas \u00e9 o ambiente interno do corpo.<\/p>\n

No homem, os principais \u00f3rg\u00e3os em que ocorrem as trocas com o meio ambiente s\u00e3o os pulm\u00f5es, os intestinos e os rins<\/a>.<\/p>\n

A pele tamb\u00e9m participa, em certo grau, dessas trocas. Os pulm\u00f5es, os intestinos e os rins t\u00eam duas caracter\u00edsticas em comum: (1) possuem superf\u00edcie muito grande; (2) suas superf\u00edcies est\u00e3o em contato \u00edntimo com os ramos mais finos dos vasos sangu\u00edneos (capilares).<\/p>\n

A magnitude da superf\u00edcie dos pulm\u00f5es e dos rins \u00e9 proporcionada pelas sucessivas ramifica\u00e7\u00f5es de um sistema tubular.<\/p>\n

No caso do intestino, a extens\u00e3o da superf\u00edcie se liga \u00e0 particularidade de sua parede ser forrada por in\u00fameras protrus\u00f5es finas, digitiformes (vilosidades), que lhe d\u00e3o o aspecto aveludado.<\/p>\n

O intestino delgado oferece uma \u00e1rea de cerca de dez metros quadrados, mais de cinco vezes a superf\u00edcie externa do corpo; os pulm\u00f5es, 55m2 de superf\u00edcie respirat\u00f3ria; os rins, seis metros quadrados.<\/p>\n

Da mesma maneira, outros organismos oferecem grandes superf\u00edcies para o interc\u00e2mbio com o ambiente. As guelras dos peixes e de outros organismos aqu\u00e1ticos, as folhas e ra\u00edzes das plantas s\u00e3o alguns exemplos. V\u00ea-se, pois, que os organismos vivos est\u00e3o apenas semi-<\/p>\n

isolados do ambiente, e mant\u00eam sua estrutura e composi\u00e7\u00e3o a despeito da necessidade de realizar cont\u00ednuas trocas com ele.<\/p>\n

Atividade metab\u00f3lica<\/h2>\n

O ac\u00famulo e a excre\u00e7\u00e3o de material, a a\u00e7\u00e3o de transportar alimentos e produtos de desassimila\u00e7\u00e3o, assim como as fun\u00e7\u00f5es relacionadas aos movimentos, ao crescimento, \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de potenciais el\u00e9tricos, \u00e0 reprodu\u00e7\u00e3o etc., exigem que o organismo despenda energia.<\/p>\n

Os seres vivos obt\u00eam essa energia dos alimentos, os quais tamb\u00e9m fornecem substrato para o crescimento e reparo dos tecidos.<\/p>\n

Os animais conseguem energia atrav\u00e9s da oxida\u00e7\u00e3o dos alimentos (carboidratos<\/a>, prote\u00ednas e gorduras) ou por desdobramento de mol\u00e9culas de determinados compostos em outras mol\u00e9culas menores – a glicose, por exemplo, pode ser desdobrada em \u00e1cido l\u00e1ctico.<\/p>\n

Esse processo de destrui\u00e7\u00e3o, de que resulta a energia, denomina-se catabolismo<\/strong>. A constru\u00e7\u00e3o de mol\u00e9culas maiores a partir de mol\u00e9culas menores exige o emprego de energia e chama-se anabolismo.<\/p>\n

\u00c9 pelo anabolismo que se fazem as s\u00ednteses org\u00e2nicas e se d\u00e1 o crescimento do organismo. O metabolismo<\/a><\/strong> \u00e9 a soma total dos processos anab\u00f3licos e catab\u00f3licos.<\/p>\n

As bact\u00e9rias<\/a> chamadas autotr\u00f3ficas retiram energia, para crescimento, da oxida\u00e7\u00e3o de materiais inorg\u00e2nicos simples como hidrog\u00eanio, enxofre, ferro etc.<\/p>\n

Os seres vivos que n\u00e3o s\u00e3o autotr\u00f3ficos aproveitam-se da mat\u00e9ria org\u00e2nica j\u00e1 sintetizada. As plantas verdes, pelo processo da fotoss\u00edntese, conseguem energia suficiente para a realiza\u00e7\u00e3o de suas atividades metab\u00f3licas essenciais.<\/p>\n

Com exce\u00e7\u00e3o das plantas verdes, que \u00e0 luz do dia consomem g\u00e1s carb\u00f4nico e fornecem oxig\u00eanio, os organismos realizam uma ou mais das seguintes vias metab\u00f3licas:<\/p>\n

    \n
  1. consumo de oxig\u00eanio;<\/li>\n
  2. produ\u00e7\u00e3o de g\u00e1s carb\u00f4nico e outros produtos de oxida\u00e7\u00e3o;<\/li>\n
  3. produ\u00e7\u00e3o de calor;<\/li>\n
  4. consumo de material aliment\u00edcio;<\/li>\n
  5. produ\u00e7\u00e3o de subst\u00e2ncias intermedi\u00e1rias por fragmenta\u00e7\u00e3o ou desdobramento incompleto dos alimentos.<\/li>\n<\/ol>\n

    Mesmo as plantas verdes que vivem no escuro tamb\u00e9m seguem essa linha de atividade metab\u00f3lica.<\/p>\n

    Quando h\u00e1 excesso de alimento, que realmente ultrapasse as necessidades org\u00e2nicas de manuten\u00e7\u00e3o e atividade, ocorre, al\u00e9m do crescimento, a deposi\u00e7\u00e3o de gordura.<\/p>\n

    Os fisiologistas disp\u00f5em de meios f\u00edsicos e qu\u00edmicos para medir essas altera\u00e7\u00f5es, e assim podem avaliar a intensidade do metabolismo.<\/p>\n

    Sabe-se que uma dada quantidade de alimento queimada no corpo produz a mesma quantidade de calor que geraria se queimada fora do organismo.<\/p>\n

    Um p\u00e3o queimado por um qu\u00edmico, que mede o resultado em calor\u00edmetro, produz tantas calorias como se tivesse sido ingerido e queimado pelo organismo. Em ambos os casos, o consumo de oxig\u00eanio e a produ\u00e7\u00e3o de g\u00e1s carb\u00f4nico s\u00e3o os mesmos.<\/p>\n

    Os seres vivos sintetizam mol\u00e9culas grandes e de enorme complexidade a partir do material mais simples. Nesse particular, eles se op\u00f5em \u00e0 tend\u00eancia geral a converterem compostos e rea\u00e7\u00f5es complexas em compostos e rea\u00e7\u00f5es mais simples, ou de converter condi\u00e7\u00f5es de elevado teor energ\u00e9tico em outras de teor mais baixo.<\/p>\n

    Enquanto se processam essas s\u00ednteses consumidoras de energia, outros compostos est\u00e3o-se desdobrando e fornecendo a energia necess\u00e1ria para novas rea\u00e7\u00f5es metab\u00f3licas.<\/p>\n

    O estudo minucioso das rea\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas<\/strong> implicadas no metabolismo pertence ao campo da bioqu\u00edmica. Felizmente, parece que n\u00e3o apenas os tecidos mais diversos, mas tamb\u00e9m virtualmente todos os organismos investigados at\u00e9 agora usam vias metab\u00f3licas muito semelhantes.<\/p>\n

    Exemplificando, a cadeia de rea\u00e7\u00f5es pelas quais uma levedura desdobra a glicose em duas mol\u00e9culas de \u00e1lcool et\u00edlico \u00e9, salvo em suas fases finais, a mesma utilizada por uma c\u00e9lula muscular<\/strong> ao preparar fragmentos de glicose para oxida\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

    H\u00e1 c\u00e9lulas capazes de realizar processos reativos especiais, tais como produ\u00e7\u00e3o de horm\u00f4nios, de enzimas e de toxinas, mas isso constitui apenas uma pequena fra\u00e7\u00e3o de sua atividade metab\u00f3lica total.<\/p>\n

    Enquanto os bioqu\u00edmicos estudam as rea\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas intermedi\u00e1rias do anabolismo e catabolismo, freq\u00fcentemente isolando sistemas enzim\u00e1ticos envolvidos em determinada linha de rea\u00e7\u00e3o qu\u00edmica, os fisiologistas se dedicam \u00e0s manifesta\u00e7\u00f5es mais grosseiras do metabolismo, tais como o volume de oxig\u00eanio total consumido por um organismo, sua produ\u00e7\u00e3o de g\u00e1s carb\u00f4nico, a quantidade de energia liberada, o teor de nitrog\u00eanio por ele excretado, a perda ou ganho relativo de peso, e assim por diante.<\/p>\n

    Os fisiologistas tamb\u00e9m investigam o efeito das diversas atividades (dormir, pensar, andar, sentar, trabalhar etc.) sobre o metabolismo, e se interessam pelos dist\u00farbios metab\u00f3licos causados por doen\u00e7as e disfun\u00e7\u00f5es das gl\u00e2ndulas end\u00f3crinas.<\/p>\n

    Coordena\u00e7\u00e3o interna do organismo<\/h2>\n

    Um ser vivo composto de muitas partes fisicamente diversas umas das outras n\u00e3o sobreviver\u00e1 longo tempo se as atividades dessas partes n\u00e3o atuarem de maneira coordenada.<\/p>\n

    S\u00e3o tr\u00eas os meios pelos quais os organismos realizam a coordena\u00e7\u00e3o de suas partes:<\/p>\n

      \n
    1. o aparelho circulat\u00f3rio, que permite a chegada dos elementos nutritivos \u00e0s c\u00e9lulas e a sa\u00edda dos produtos do metabolismo do local em que elas se encontram;<\/li>\n
    2. o sistema end\u00f3crino, que envia mensageiros qu\u00edmicos (horm\u00f4nios), via circula\u00e7\u00e3o, a praticamente todas as partes do corpo;<\/li>\n
    3. o sistema nervoso, que transmite mensagens el\u00e9tricas e qu\u00edmicas de uma parte para outra em todo o organismo.<\/li>\n<\/ol>\n

      Nos microrganismos e nas c\u00e9lulas, individualmente, h\u00e1 uma esp\u00e9cie de movimento interno no citoplasma<\/strong>, uma corrente c\u00edclica que funciona como um sistema primitivo de transporte.<\/p>\n

      Nos organismos mais complexos, o aparelho circulat\u00f3rio consta de um \u00f3rg\u00e3o muscular, o cora\u00e7\u00e3o, que funciona como uma bomba e lan\u00e7a o l\u00edquido atrav\u00e9s de um sistema de tubos, os vasos, que terminam nas proximidades das c\u00e9lulas.<\/p>\n

      Nas plantas<\/strong><\/a>, os feixes vasculares conduzem o material nutritivo entre as ra\u00edzes, folhas e outros tecidos. Tanto nos animais quanto nas plantas, os tubos do sistema circulat\u00f3rio se acham separados das c\u00e9lulas do corpo pelo l\u00edquido dos tecidos ou l\u00edquido intersticial.<\/p>\n

      Os elementos nutritivos se movimentam, por difus\u00e3o, atrav\u00e9s da membrana celular, ora entrando na c\u00e9lula, ora saindo dela para o espa\u00e7o extracelular. O l\u00edquido tecidual representa o meio interno, isto \u00e9, o ambiente das c\u00e9lulas do corpo.<\/p>\n

      Os vasos do sistema cardiovascular<\/a> conduzem material de uma regi\u00e3o org\u00e2nica a outra, para que seja logo utilizado, armazenado ou eliminado. Assim, o oxig\u00eanio pode ser captado nos pulm\u00f5es ou, conforme o animal, nas guelras ou na pele.<\/p>\n

      O alimento \u00e9 absorvido no intestino ap\u00f3s sua digest\u00e3o, ou aproveitado dos dep\u00f3sitos hep\u00e1ticos (carboidratos<\/strong><\/a>, por exemplo) ou cut\u00e2neos (gorduras) e distribu\u00eddos aos tecidos mais distantes do corpo. Os subprodutos do metabolismo s\u00e3o captados no n\u00edvel dos tecidos e liberados nos pulm\u00f5es (di\u00f3xido de carbono) ou nos rins (ureia e outros produtos) para que sejam eliminados.<\/p>\n

      A temperatura total do corpo \u00e9 equilibrada e controlada pelo aquecimento do sangue em tecidos que metabolizam rapidamente, bem como por seu resfriamento em tecidos que metabolizam menos, e tamb\u00e9m na superf\u00edcie do corpo.<\/p>\n

      Al\u00e9m de transportar alimentos e subprodutos metab\u00f3licos, o aparelho circulat\u00f3rio conduz mensageiros qu\u00edmicos, os horm\u00f4nios, por todo o organismo. Os horm\u00f4nios s\u00e3o fabricados nas gl\u00e2ndulas end\u00f3crinas<\/strong> ou de secre\u00e7\u00e3o interna.<\/p>\n

      Os horm\u00f4nios atuam sobre tecidos e \u00f3rg\u00e3os distantes, excitando-os ou deprimindo-os. Esse efeito estimulante ou depressor depende da natureza do horm\u00f4nio e do tecido receptor. Um s\u00f3 horm\u00f4nio \u00e9 capaz de produzir efeitos ou rea\u00e7\u00f5es inteiramente opostos em duas regi\u00f5es diferentes.<\/p>\n

      A adrenalina, por exemplo, causa constri\u00e7\u00e3o dos vasos sangu\u00edneos da pele e das v\u00edsceras, mas provoca dilata\u00e7\u00e3o dos vasos dos m\u00fasculos. Como a adrenalina \u00e9 segregada em maior quantidade nos momentos de estresse, dessa atua\u00e7\u00e3o antag\u00f4nica resulta que o sangue se desloca temporariamente de regi\u00f5es onde n\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio para outras que precisam de maior suprimento sangu\u00edneo.<\/p>\n

      Os horm\u00f4nios s\u00e3o usados para a comunica\u00e7\u00e3o no organismo quando, em termos de fra\u00e7\u00e3o de segundo, o tempo n\u00e3o assume grande import\u00e2ncia. Quando uma rea\u00e7\u00e3o precisa ser muito r\u00e1pida (mil\u00e9simos de segundo), entram em a\u00e7\u00e3o as vias do sistema nervoso. Os horm\u00f4nios exercem uma a\u00e7\u00e3o reguladora da atividade tecidual: uns estimulam e outros inibem.<\/p>\n

      No homem e em outros vertebrados, a coordena\u00e7\u00e3o interna se faz pelo sistema neurovegetativo ou sistema nervoso aut\u00f4nomo, assim denominado porque n\u00e3o est\u00e1 sob o controle da vontade.<\/p>\n

      Todavia, as emo\u00e7\u00f5es podem influir no sistema nervoso aut\u00f4nomo, produzindo dilata\u00e7\u00e3o ou constri\u00e7\u00e3o dos vasos sangu\u00edneos, acelerando ou retardando os batimentos do cora\u00e7\u00e3o, estimulando a secre\u00e7\u00e3o dos horm\u00f4nios etc.<\/p>\n

      O sistema nervoso aut\u00f4nomo<\/strong><\/a> se liga a muitos \u00f3rg\u00e3os por meio de fibras nervosas. Parte dessas fibras conduz impulsos estimulantes; outra parte, impulsos inibidores. Por meio de a\u00e7\u00f5es antag\u00f4nicas \u00e9 poss\u00edvel exercer um controle preciso de m\u00faltiplas fun\u00e7\u00f5es org\u00e2nicas.<\/p>\n

      Um dos objetivos da coordena\u00e7\u00e3o interna \u00e9 a manuten\u00e7\u00e3o da homeostase, termo que indica equil\u00edbrio e const\u00e2ncia nas condi\u00e7\u00f5es org\u00e2nicas. Os mecanismos pelos quais se logra essa const\u00e2ncia s\u00e3o chamados homeost\u00e1ticos.<\/p>\n

      H\u00e1 condi\u00e7\u00f5es org\u00e2nicas t\u00e3o constantes que pequenos desvios do normal facilmente se exteriorizam e podem assim permitir a identifica\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as. A temperatura corporal, a glicose sangu\u00ednea, as concentra\u00e7\u00f5es de eletr\u00f3litos, o n\u00famero de gl\u00f3bulos brancos<\/strong> e vermelhos, a taxa de ureia e creatinina no plasma etc. s\u00e3o alguns fen\u00f4menos constantes, que variam dentro de limites estreitos.<\/p>\n

      Coordena\u00e7\u00e3o do organismo em rela\u00e7\u00e3o ao ambiente<\/h2>\n

      Al\u00e9m da coordena\u00e7\u00e3o interna, o organismo procura ajustar suas atividades tamb\u00e9m de acordo com a natureza e as altera\u00e7\u00f5es que se processam no ambiente externo. Essa coordena\u00e7\u00e3o depende da capacidade do organismo para sentir a natureza do ambiente e suas altera\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

      Em organismos inferiores, menos diferenciados, essa capacidade parece ser uma propriedade da c\u00e9lula mesma, embora neles possam existir pontos bem localizados, particularmente sens\u00edveis a determinados est\u00edmulos. Alguns protozo\u00e1rios<\/strong><\/a>, por exemplo, possuem v\u00e1rios pontos sens\u00edveis \u00e0 luz.<\/p>\n

      Os organismos mais diferenciados t\u00eam certas c\u00e9lulas, ou determinados grupos de c\u00e9lulas, profundamente sens\u00edveis a uma ou outra esp\u00e9cie de est\u00edmulo: o olho para a luz, o ouvido para o som, a mucosa olfativa para os odores etc.<\/p>\n

      S\u00e3o chamados \u00f3rg\u00e3os de sentido, que, auxiliados pelo sistema nervoso, promovem a coordena\u00e7\u00e3o das atividades org\u00e2nicas em rela\u00e7\u00e3o ao ambiente externo.<\/p>\n

      As influ\u00eancias do ambiente, que representam est\u00edmulos ao organismo, s\u00e3o as seguintes: luz, vibra\u00e7\u00f5es mec\u00e2nicas, temperatura, press\u00e3o e composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica do ambiente. Os \u00f3rg\u00e3os sens\u00edveis a tais fatores ambientais situam-se na superf\u00edcie do corpo ou perto dela.<\/p>\n

      Nos animais altamente diferenciados e desenvolvidos, muitos desses \u00f3rg\u00e3os se localizam na cabe\u00e7a, e suas conex\u00f5es nervosas v\u00e3o diretamente ao c\u00e9rebro<\/strong>. \u00c9 o que se d\u00e1 em rela\u00e7\u00e3o aos \u00f3rg\u00e3os da vis\u00e3o, audi\u00e7\u00e3o, olfato e paladar. Os \u00f3rg\u00e3os sens\u00edveis ao tato, calor, frio e press\u00e3o se acham difusamente distribu\u00eddos por toda a superf\u00edcie corporal.<\/p>\n

      Os \u00f3rg\u00e3os dos sentidos se comunicam com o sistema nervoso central por meio de fibras sensoriais ou aferentes. Do sistema nervoso central<\/a> partem as fibras motoras ou eferentes, que conduzem impulsos para os \u00f3rg\u00e3os denominados efetores, como os m\u00fasculos, que respondem por contra\u00e7\u00e3o, e as gl\u00e2ndulas, por secre\u00e7\u00e3o, entre outros.<\/p>\n

      O que acontece no sistema nervoso central entre o momento da chegada do impulso sensorial e a sa\u00edda do impulso motor pode ser razoavelmente simples ou de extrema complexidade.<\/p>\n

      Quando o processo envolve apenas a medula, e n\u00e3o o c\u00e9rebro, os impulsos fazem um arco reflexo, em que o receptor envia o est\u00edmulo ao neur\u00f4nio sensitivo, que o envia ao neur\u00f4nio motor, que o envia ao efetor. Em geral, um ou mais neur\u00f4nios se interp\u00f5em entre os neur\u00f4nios sensitivos e os neur\u00f4nios motores.<\/p>\n

      Certas rea\u00e7\u00f5es r\u00e1pidas e autom\u00e1ticas – como a retirada s\u00fabita da m\u00e3o que toca uma chapa quente ou a ponta de uma agulha – se fazem \u00e0 base desses arcos reflexos, pois n\u00e3o h\u00e1 tempo de pensar, nem o pensamento, no caso, \u00e9 necess\u00e1rio.<\/p>\n

      Al\u00e9m desses reflexos simples, ocorrem no organismo outros reflexos de complexidade crescente, pois a transmiss\u00e3o dos impulsos atrav\u00e9s da medula e sua integra\u00e7\u00e3o pelo enc\u00e9falo envolvem grande n\u00famero de neur\u00f4nios.<\/p>\n

      Um fen\u00f4meno oposto \u00e0 homeostase<\/a> \u00e9 a adapta\u00e7\u00e3o, que abrange todas as altera\u00e7\u00f5es de posi\u00e7\u00e3o, estrutura e atividade adotadas pelo organismo com o fim de sobreviver. Certos animais se defendem no inverno com um crescimento maior de pelos, que no ver\u00e3o escasseiam. Nas mesmas circunst\u00e2ncias, o homem come mais e se torna mais ativo, para produzir mais calor.<\/p>\n

      Existem animais que hibernam, alterando todo o padr\u00e3o de seu metabolismo. As adapta\u00e7\u00f5es ocorrem n\u00e3o apenas em rela\u00e7\u00e3o ao ambiente externo, mas tamb\u00e9m \u00e0s mudan\u00e7as e desequil\u00edbrios operados dentro do pr\u00f3prio organismo.<\/p>\n

      Por exemplo, quando o organismo perde um rim, o outro rim aumenta de tamanho e trabalha em dobro. Quando h\u00e1 sobrecarga circulat\u00f3ria, o cora\u00e7\u00e3o se hipertrofia, numa tentativa de venc\u00ea-la. As adapta\u00e7\u00f5es visam, em \u00faltima an\u00e1lise, \u00e0 manuten\u00e7\u00e3o da homeostase e ao bem-estar do organismo.<\/p>\n

      Hist\u00f3ria da Fisiologia<\/h2>\n

      A fisiologia \u00e9 uma disciplina recente no campo das ci\u00eancias biol\u00f3gicas<\/strong><\/a>. Suas origens s\u00e3o conhecidas, em parte, como conseq\u00fc\u00eancia de informa\u00e7\u00f5es deixadas por antigas civiliza\u00e7\u00f5es, as quais, ainda que influenciadas pela supersti\u00e7\u00e3o dos pesquisadores dos s\u00e9culos passados, estudaram alguns fen\u00f4menos.<\/p>\n

      \"Claude<\/a>
      Ver a p\u00e1gina para conhecer o autor<\/a>, CC BY 4.0<\/a>, atrav\u00e9s da wiki Wikimedia Commons<\/figcaption><\/figure>\n

       <\/p>\n

      Modelos em argila de v\u00e1rios \u00f3rg\u00e3os foram deixados pela civiliza\u00e7\u00e3o babil\u00f4nica, e o embalsamamento dos cad\u00e1veres, realizado no antigo Egito, forneceu dados sobre a anatomia humana.<\/p>\n

      As primeiras hip\u00f3teses fisiol\u00f3gicas foram elaboradas pelos gregos. Hip\u00f3crates afirmava que o cora\u00e7\u00e3o era o \u00f3rg\u00e3o que proporcionava calor para o organismo.<\/p>\n

      Tamb\u00e9m Arist\u00f3teles realizou importantes descri\u00e7\u00f5es e estudos fisiol\u00f3gicos de cerca de 500 esp\u00e9cies animais, centrados basicamente na anatomia.<\/p>\n

      No s\u00e9culo II da era crist\u00e3, o m\u00e9dico grego Galeno, considerado o fundador da fisiologia experimental, apresentou teorias sobre a diferencia\u00e7\u00e3o entre circula\u00e7\u00e3o venosa e arterial, sobre a respira\u00e7\u00e3o e o funcionamento do aparelho locomotor.<\/p>\n

      As doutrinas gal\u00eanicas, embora incontestadas durante mais de um mil\u00eanio, apresentavam muitas imperfei\u00e7\u00f5es em seus fundamentos. Galeno assegurava, por exemplo, que a circula\u00e7\u00e3o sangu\u00ednea entre os ventr\u00edculos card\u00edacos ocorria por meio de min\u00fasculos poros do septo intraventricular. Mesmo assim, suas<\/p>\n

      hip\u00f3teses serviram de fundamento, nos s\u00e9culos XVI e XVII, para os trabalhos de Andreas Vesalius<\/strong>, em anatomia, e de William Harvey<\/strong><\/a>, em fisiologia.<\/p>\n

      No Renascimento, Paracelso (Philipps Aureolus Teophrastus Bombastus von Hohenheim) tentou estudar as fun\u00e7\u00f5es do corpo com um crit\u00e9rio semelhante ao moderno.<\/p>\n

      Muitos de seus experimentos o levaram a algumas conclus\u00f5es sobre o funcionamento de sistemas do organismo. Afirmava, por exemplo, haver rela\u00e7\u00e3o entre as les\u00f5es cerebrais, a paralisia e o cretinismo. Entretanto, sua metodologia aleat\u00f3ria e desordenada impediu-lhe obter resultados plenamente satisfat\u00f3rios.<\/p>\n

      Uma das grandes figuras no desenvolvimento do pensamento cient\u00edfico em geral, e da fisiologia em particular, foi o brit\u00e2nico William Harvey, que em 1628 publicou um breve volume, de apenas 72 p\u00e1ginas, que foi um marco na evolu\u00e7\u00e3o dos estudos fisiol\u00f3gicos.<\/p>\n

      Em Exercitatio anatomica de motu cordis et sanguinis in animalibus<\/em><\/strong> (Exerc\u00edcios anat\u00f4micos sobre o movimento do cora\u00e7\u00e3o e do sangue nos animais), Harvey demonstrou que o fluxo de sangue no corpo \u00e9 um movimento circulat\u00f3rio no qual as art\u00e9rias, veias e capilares formam as vias de condu\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

      N\u00e3o existia ainda o microsc\u00f3pio, mas Harvey imaginou a exist\u00eancia de vasos mais delgados, os capilares, confirmada em 1661 pelo italiano Marcello Malpighi<\/strong>.<\/p>\n

      Seguiram-se os descobrimentos de Albrecht von Haller, pesquisador su\u00ed\u00e7o que no s\u00e9culo XVIII descreveu o mecanismo da respira\u00e7\u00e3o e introduziu o conceito de irritabilidade dos tecidos; do italiano Luigi Galvani, que estudou a natureza el\u00e9trica dos impulsos nervosos; e do alem\u00e3o Hermann Helmholtz, que, j\u00e1 no s\u00e9culo XIX, realizou importantes trabalhos sobre a percep\u00e7\u00e3o sensorial.<\/p>\n

      Um dos principais fisiologistas do s\u00e9culo XIX foi o franc\u00eas Claude Bernard. Sua dedica\u00e7\u00e3o \u00e0 pesquisa experimental levou-o a numerosos descobrimentos sobre os fen\u00f4menos f\u00edsicos e qu\u00edmicos dos seres vivos.<\/p>\n

      Entre suas mais destacadas contribui\u00e7\u00f5es est\u00e3o o conceito de secre\u00e7\u00e3o interna, o descobrimento da fun\u00e7\u00e3o do suco pancre\u00e1tico, o mecanismo da intoxica\u00e7\u00e3o por mon\u00f3xido de carbono nas c\u00e9lulas vivas e, em especial, o estabelecimento do conceito essencial de homeostase ou tend\u00eancia do meio interno do organismo \u00e0 estabilidade.<\/p>\n

      Dada a import\u00e2ncia dos estudos de fisiologia, o Pr\u00eamio Nobel de medicina \u00e9 tamb\u00e9m de fisiologia. O russo Ivan Pavlov<\/strong> foi um dos primeiros a receb\u00ea-lo, em 1904, por seu estudo sobre as respostas digestivas dos animais, que levou ao descobrimento do princ\u00edpio dos reflexos condicionados.<\/p>\n

      Tamb\u00e9m obtiveram o pr\u00eamio em 1906 o espanhol Santiago Ram\u00f3n y Cajal e o italiano Camillo Golgi, que estudaram os detalhes estruturais das c\u00e9lulas nervosas.<\/p>\n

      Igual reconhecimento receberam, em 1923, o canadense Frederick G. Banting e o escoc\u00eas John James R. Macleod por terem isolado a insulina e descoberto sua aplica\u00e7\u00e3o no tratamento do diabetes.<\/p>\n

      O pr\u00eamio da Academia Sueca foi concedido a outros destacados fisi\u00f3logos, cujo trabalho ilustra o desenvolvimento desta ci\u00eancia. Karl Landsteiner (1930), austr\u00edaco naturalizado americano, criou uma nomenclatura para tipificar o sangue humano<\/strong><\/a> em quatro grupos (tipos sangu\u00edneos<\/strong><\/a> A, B, AB e O); o belga Corneille Heymans (1938) demonstrou que a freq\u00fc\u00eancia respirat\u00f3ria \u00e9 regulada em fun\u00e7\u00e3o da composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica do sangue; e o americano Earl Sutherland (1971) \u00e9 autor de estudos sobre as fun\u00e7\u00f5es hormonais.<\/p>\n

      Da mesma forma que o advento do microsc\u00f3pio foi, no passado, fundamental para o desenvolvimento da pesquisa fisiol\u00f3gica, os descobrimentos modernos no campo da observa\u00e7\u00e3o (microsc\u00f3pios eletr\u00f4nicos) e da an\u00e1lise (espectroscopias, cromatografias etc.) permitiram alcan\u00e7ar n\u00edveis de especificidade como o subcelular e o gen\u00e9tico molecular, nos quais a fisiologia se encontra com a bioqu\u00edmica e outros ramos avan\u00e7ados do conhecimento biol\u00f3gico.<\/p>\n

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      A fisiologia do corpo humano apresenta enorme complexidade no que diz respeito \u00e0s estruturas que o comp\u00f5em e uma grande diversidade de fun\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas e f\u00edsicas. Todos os sistemas e \u00f3rg\u00e3os do corpo humano se inter-relacionam e funcionam com a m\u00e1xima harmonia em um organismo s\u00e3o. Por conseguinte, o estudo dos mecanismos funcionais dos seres …<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":15259,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[38,37,72],"tags":[39],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12879"}],"collection":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=12879"}],"version-history":[{"count":11,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12879\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":15260,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12879\/revisions\/15260"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/15259"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=12879"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=12879"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=12879"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}