{"id":13181,"date":"2021-05-23T08:00:05","date_gmt":"2021-05-23T08:00:05","guid":{"rendered":"https:\/\/planetabiologia.com\/?p=13181"},"modified":"2022-11-25T14:30:33","modified_gmt":"2022-11-25T14:30:33","slug":"imunoensaios-e-citoquimica","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/imunoensaios-e-citoquimica\/","title":{"rendered":"Imunoensaios e Citoqu\u00edmica"},"content":{"rendered":"

Quando certas macromol\u00e9culas s\u00e3o injetadas em alguns organismos usados como cobaias, por exemplo, camundongos, coelhos ou mesmo galinhas, uma rea\u00e7\u00e3o imune (ou imunit\u00e1ria) \u00e9 despertada. S\u00e3o fabricadas mol\u00e9culas de prote\u00ednas, chamadas anticorpos, capazes de reconhecer individualmente as macromol\u00e9culas ou por\u00e7\u00f5es espec\u00edficas delas, que s\u00e3o ent\u00e3o chamadas ant\u00edgenos. Esses anticorpos, se forem purificados, podem ser utilizados para identificar essas subst\u00e2ncias no interior de c\u00e9lulas.<\/p>\n

Quando se utiliza o soro do sangue do animal, nele est\u00e3o presentes anticorpos produzidos por c\u00e9lulas de defesa, os linf\u00f3citos B. Tais anticorpos s\u00e3o ditos policlonais porque se originam de diferentes linhagens de linf\u00f3citos. No entanto, linf\u00f3citos B podem ser isolados e multiplicados, de maneira que os anticorpos que produzem s\u00e3o id\u00eanticos entre si.<\/p>\n

\"Conhe\u00e7a
Fotomicrografia ao microsc\u00f3pio \u00f3ptico evidenciando um linf\u00f3cito com cerca de 20 \u03bcm de di\u00e2metro – Stefan Walkowski<\/a>, CC BY-SA 4.0<\/a>, via Wikimedia Commons<\/figcaption><\/figure>\n

Eles s\u00e3o chamados anticorpos monoclonais. S\u00e3o altamente espec\u00edficos e garantem identifica\u00e7\u00e3o muito precisa de macromol\u00e9culas ou mesmo de partes delas. Por exemplo, c\u00e9lulas cancer\u00edgenas produzem ant\u00edgenos conhecidos, que podem ser reconhecidos por anticorpos espec\u00edficos.<\/p>\n

Para evidenciar as mol\u00e9culas-alvo, os anticorpos monoclonais devem estar ligados a marcadores que os tornam vis\u00edveis ao microsc\u00f3pio de luz.<\/p>\n

A l\u00e2mina mostrada na figura abaixo foi produzida com uma pequena por\u00e7\u00e3o de tecido da gl\u00e2ndula mam\u00e1ria (bi\u00f3psia) de uma paciente com suspeita de c\u00e2ncer de mama. Os resultados do exame confirmaram a presen\u00e7a de c\u00e9lulas tumorais no tecido examinado.<\/p>\n

\"Fotomicrografias
Fotomicrografias ao microsc\u00f3pio \u00f3ptico de tecido da gl\u00e2ndula mam\u00e1ria humana tratado com anticorpos monoclonais. Esses anticorpos ligam-se a ant\u00edgenos produzidos por c\u00e9lulas cancer\u00edgenas, colorindo-as de marrom. Amplia\u00e7\u00e3o de cerca de 300 vezes.<\/figcaption><\/figure>\n

Os anticorpos monoclonais utilizados nesse exame ligaram-se a um ant\u00edgeno produzido exclusivamente por c\u00e9lulas cancer\u00edgenas, conferindo a elas a cor marrom. A utiliza\u00e7\u00e3o de anticorpos aperfei\u00e7oou um campo de pesquisa com muitas aplica\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas, a Citoqu\u00edmica.<\/p>\n

Prepara\u00e7\u00f5es microsc\u00f3picas com colora\u00e7\u00f5es especiais podem ser utilizadas. Por exemplo, uma regi\u00e3o do n\u00facleo celular, o nucl\u00e9olo, \u00e9 muito ativa em certos tipos de c\u00e2ncer. Observe as setas amarelas na figura 5.20. Elas apontam nucl\u00e9olos com tamanhos acima do normal, o que \u00e9 uma indica\u00e7\u00e3o muito importante no diagn\u00f3stico de um tipo de c\u00e2ncer de pr\u00f3stata.<\/p>\n

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