{"id":13254,"date":"2021-06-27T09:00:46","date_gmt":"2021-06-27T09:00:46","guid":{"rendered":"https:\/\/planetabiologia.com\/?p=13254"},"modified":"2022-12-11T20:33:18","modified_gmt":"2022-12-11T20:33:18","slug":"envoltorios-celulares","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/envoltorios-celulares\/","title":{"rendered":"Transporte e Envolt\u00f3rios Celulares"},"content":{"rendered":"

Algumas estruturas est\u00e3o presentes na grande maioria das c\u00e9lulas, como a membrana celular<\/strong><\/a> e o citoplasma, o espa\u00e7o interno da c\u00e9lula. Em certas c\u00e9lulas, a membrana \u00e9 ainda revestida por envolt\u00f3rios especiais, que mant\u00eam \u00edntima rela\u00e7\u00e3o com o que ocorre em seu interior.<\/p>\n

A figura abaixo mostra uma c\u00e9lula procariota. Sem n\u00facleo verdadeiro ou organelas internas, a c\u00e9lula procariota \u00e9 caracter\u00edstica de organismos pertencentes aos dom\u00ednios Bacteria e Archaea. Observe o cromossomo bacteriano e a regi\u00e3o onde ele est\u00e1 localizado (nucleoide): o cromossomo n\u00e3o \u00e9 envolvido por membrana. A parede celular envolve a membrana celular.<\/p>\n

\"C\u00e9lula<\/p>\n

A forma das bact\u00e9rias \u00e9 caracter\u00edstica de cada grupo e isso se deve em especial ao envolt\u00f3rio da c\u00e9lula, que \u00e9 uma parede r\u00edgida. Essa grande resist\u00eancia \u00e9 conferida por uma camada de um composto formado por uma combina\u00e7\u00e3o de polissacar\u00eddeos (glicano) com pept\u00eddeos com arranjo molecular pouco comum nos eucariotos, formando uma subst\u00e2ncia chamada peptidoglicano.<\/p>\n

Todas as bact\u00e9rias<\/strong><\/a> possuem essa subst\u00e2ncia, que forma uma rede molecular. Em algumas bact\u00e9rias, essa subst\u00e2ncia est\u00e1 exposta na superf\u00edcie da c\u00e9lula (bact\u00e9rias Gram-positivas); em outras, ela est\u00e1 em meio a duas membranas lip\u00eddicas, uma externa e outra interna (bact\u00e9rias Gram-negativas).<\/p>\n

As arqueas n\u00e3o cont\u00eam peptidoglicanos em seu envolt\u00f3rio celular. Nas c\u00e9lulas vegetais, o envolt\u00f3rio, como j\u00e1 visto, forma uma parede celul\u00f3sica. Nos fungos, em vez de celulose, h\u00e1 um pol\u00edmero de quitina, um carboidrato que j\u00e1 estudamos. (Esses dois pol\u00edmeros foram estudados no cap\u00edtulo 3, item \u201cPolissacar\u00eddeos\u201d.)<\/p>\n

Nas c\u00e9lulas eucari\u00f3ticas, como regra, a membrana plasm\u00e1tica tem diversos tipos de carboidratos ligados \u00e0s suas prote\u00ednas de membrana (glicoprote\u00ednas) e aos lip\u00eddios (lipossacar\u00eddeos), o que, como vimos, torna a superf\u00edcie externa da c\u00e9lula bastante irregular.<\/p>\n

Esse conjunto de sacar\u00eddeos e prote\u00ednas recebe o nome gen\u00e9rico de revestimento celular, camada de carboidrato ou, ainda, glicoc\u00e1lice. Ele confere prote\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica \u00e0 membrana, evita o contato direto com compostos que circulam pelo espa\u00e7o extracelular e tamb\u00e9m pode desempenhar fun\u00e7\u00f5es de reconhecimento celular.<\/p>\n

O glicoc\u00e1lice tem sido muito estudado por sua import\u00e2ncia em processos de intera\u00e7\u00e3o entre c\u00e9lulas, como na fecunda\u00e7\u00e3o<\/a> (em que ocorre fus\u00e3o de membranas de c\u00e9lulas diferentes) e em processos imunes.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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