{"id":2308,"date":"2015-09-15T02:34:28","date_gmt":"2015-09-15T05:34:28","guid":{"rendered":"http:\/\/planetabiologia.com\/?p=2278"},"modified":"2022-11-20T17:44:44","modified_gmt":"2022-11-20T17:44:44","slug":"funcoes-das-organelas-celulares-resumo","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/funcoes-das-organelas-celulares-resumo\/","title":{"rendered":"Fun\u00e7\u00f5es das organelas celulares &#8211; Resumo"},"content":{"rendered":"<p style=\"text-align: left;\">Nesta aula vamos ver um pequeno resumo das <strong>fun\u00e7\u00f5es das organelas celulares,\u00a0<\/strong>al\u00e9m de identificar e diferenciar cada uma delas.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">As c\u00e9lulas exercem nos organismos as mais diversas fun\u00e7\u00f5es, como s\u00edntese de prote\u00ednas, lipoprote\u00ednas, processam <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-carboidrato\/\"><strong>carboidratos<\/strong><\/a> para produzir energia, armazenam subst\u00e2ncias, podem ter a capacidade de se movimentar, transportar subst\u00e2ncias, produzir horm\u00f4nios e muito mais.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Veja antes duas v\u00eddeo aulas um slide e depois continue a leitura do texto logo abaixo.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">V\u00eddeo 1:\u00a0membrana plasm\u00e1tica, citoplasma, citoesqueleto, complexo golgiense<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\"><iframe loading=\"lazy\" src=\"https:\/\/www.youtube.com\/embed\/T888dTs0CVA\" width=\"853\" height=\"480\" frameborder=\"0\" allowfullscreen=\"allowfullscreen\"><\/iframe><\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">V\u00eddeo 2:\u00a0Lisossomos, peroxissomos, mitoc\u00f4ndrias cloroplastos e centr\u00edolos<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\"><iframe loading=\"lazy\" src=\"https:\/\/www.youtube.com\/embed\/QFB_umUCb58\" width=\"853\" height=\"480\" frameborder=\"0\" allowfullscreen=\"allowfullscreen\"><\/iframe><\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">No final da p\u00e1gina tem o slide utilizado para produzir os v\u00eddeos.<\/p>\n<h2>O que s\u00e3o organelas celulares<\/h2>\n<p>As\u00a0<strong>organelas celulares<\/strong> s\u00e3o estruturas encontradas no interior das c\u00e9lulas mergulhadas no citoplasma e s\u00e3o elas que garantem o bom funcionamento celular. T\u00eam diversas fun\u00e7\u00f5es como a produ\u00e7\u00e3o de energia, digest\u00e3o intracelular, produ\u00e7\u00e3o de prote\u00ednas transportes entre outros.<\/p>\n<p>Elas tem diferentes formas, tamanhos e fun\u00e7\u00f5es. e nesta aula, veremos quais s\u00e3o e como cada uma delas funciona.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">As diversas atividades celulares, nos eucariontes, ocorrem em regi\u00f5es compartimentalizadas conhecidas como organelas. As organelas s\u00e3o respons\u00e1veis por e especializadas em fun\u00e7\u00f5es espec\u00edficas.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">A quantidade e o tamanho de tais compartimentos intracelulares variam de acordo com cada c\u00e9lula.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">A coordena\u00e7\u00e3o de todas essas atividades \u00e9 um grande desafio celular, uma vez que os compartimentos devem trabalhar de forma integrada a fim\u00a0de favorecer a c\u00e9lula como um todo.<\/p>\n<h2 style=\"text-align: left;\"><strong>Citoplasma, citosol e citoesqueleto<\/strong><\/h2>\n<p style=\"text-align: left;\">O volume interno da c\u00e9lula, excluindo-se o n\u00facleo (nas c\u00e9lulas eucari\u00f3ticas) e o nucleoide (nas\u00a0c\u00e9lulas procari\u00f3ticas), limitado pela <a href=\"\/membrana-plasmatica\/\">membrana celular<\/a>, corresponde ao citoplasma.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Nas c\u00e9lulas procari\u00f3ticas, o citoplasma \u00e9 formado por uma matriz amorfa, rica em \u00e1gua, com pequenas mol\u00e9culas, prote\u00ednas, RNA e ribossomos (organelas n\u00e3o membranosas). J\u00e1 nas c\u00e9lulas eucari\u00f3ticas, o citoplasma \u00e9 constitu\u00eddo de uma solu\u00e7\u00e3o aquosa, o citosol, e de organelas membranosas.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">O citosol \u00e9 uma solu\u00e7\u00e3o concentrada de enzimas, RNA, amino\u00e1cidos, <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/as-bases-nitrogenadas\/\">bases nitrogenadas<\/a>, certos tipos de a\u00e7\u00facares, metab\u00f3litos, \u00edons inorg\u00e2nicos, ribossomos e inclus\u00f5es citoplasm\u00e1ticas, como gotas de gordura e gr\u00e3os de <a href=\"\/o-que-e-glicogenio-metabolismo-sintese-estrutura\/\"><strong>glicog\u00eanio<\/strong><\/a>, ou seja, inclui tudo o que n\u00e3o \u00e9 organela delimitada por membrana.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Os filamentos intermedi\u00e1rios s\u00e3o compostos por uma variedade de prote\u00ednas, entre elas a\u00a0queratina.\u00a0S\u00e3o como cordas fortes e flex\u00edveis, e possibilitam\u00a0\u00e0 c\u00e9lula resistir a tens\u00f5es, como, por exemplo, as\u00a0c\u00e9lulas epiteliais da pele; e fornecem sustenta\u00e7\u00e3o \u00e0s\u00a0organelas e ao n\u00facleo. Contrariamente aos microt\u00fabulos e aos microfilamentos, os filamentos intermedi\u00e1rios n\u00e3o est\u00e3o diretamente relacionados aos\u00a0movimentos celulares.<\/p>\n<h2 style=\"text-align: left;\">Fun\u00e7\u00f5es das organelas Celulares<\/h2>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Organelas microtubulares<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Diversas organelas ou estruturas celulares derivam de montagens especiais de microt\u00fabulos.\u00a0Algumas delas s\u00e3o transit\u00f3rias, como o aparelho\u00a0mit\u00f3tico que aparece na\u00a0<strong><a href=\"http:\/\/planetabiologia.com\/divisao-celular-mitose\/\">divis\u00e3o celular<\/a><\/strong>; outras\u00a0s\u00e3o permanentes, como os centr\u00edolos, os c\u00edlios e\u00a0os flagelos.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Aparelho mit\u00f3tico<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">O aparelho mit\u00f3tico<strong>\u00a0<\/strong>\u00e9 constitu\u00eddo de dois componentes microtubulares: o\u00a0\u00e1ster<strong>\u00a0<\/strong>e o fuso. O\u00a0\u00e1ster \u00e9 um feixe de fibras microtubulares, disposto\u00a0como raios que partem de cada polo da c\u00e9lula em\u00a0divis\u00e3o. O fuso acrom\u00e1tico<strong>\u00a0<\/strong>\u00e9 outra estrutura microtubular que se estende de um polo a outro da\u00a0c\u00e9lula, tamb\u00e9m em divis\u00e3o.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Centr\u00edolos<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Os\u00a0<a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/centriolos\/\">centr\u00edolos<\/a><strong>\u00a0<\/strong>faltam em todos os procariontes, mas est\u00e3o presentes nas c\u00e9lulas de eucariontes, com exce\u00e7\u00e3o das c\u00e9lulas das plantas com flores.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Aparecem, ao microsc\u00f3pio eletr\u00f4nico, como dois cilindros dispostos perpendicularmente entre si, formando um conjunto denominado diplossomo.<strong>\u00a0<\/strong>Cada cilindro \u00e9 formado por nove trincas de microt\u00fabulos.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Os centr\u00edolos ocorrem aos pares nas c\u00e9lulas e ficam localizados no centrossomo (ou centro celular), que \u00e9 o local de onde partem os microt\u00fabulos\u00a0do <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/funcao-do-citoesqueleto-movimento-celular\/\">citoesqueleto<\/a>.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">A fun\u00e7\u00e3o dos centr\u00edolos parece estar ligada ao processo de divis\u00e3o celular, por\u00e9m persistem d\u00favidas quanto \u00e0 sua atua\u00e7\u00e3o, visto que h\u00e1 c\u00e9lulas que\u00a0se dividem mesmo n\u00e3o apresentando tais organelas.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\"><strong>C\u00edlios e flagelos<\/strong><\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Os\u00a0c\u00edlios<strong>\u00a0<\/strong>e os\u00a0flagelos<strong>\u00a0<\/strong>s\u00e3o estruturas ligadas \u00e0 motilidade celular e adaptadas ao meio l\u00edquido.\u00a0Diferenciam-se quanto ao tamanho e n\u00famero por\u00a0c\u00e9lula: c\u00edlios curtos e numerosos e flagelos longos e\u00a0em pequeno n\u00famero.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Organelas n\u00e3o membranosas<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">O citoplasma cont\u00e9m um n\u00famero variado de organelas com fun\u00e7\u00f5es definidas, muitas das quais\u00a0s\u00e3o limitadas por membranas. Elas s\u00e3o conhecidas\u00a0como\u00a0organelas membranosas,<strong>\u00a0<\/strong>como \u00e9 o caso das\u00a0mitoc\u00f4ndrias.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\"><strong>Ribossomos<\/strong><\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Os <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/estrutura-e-funcao-dos-ribossomos-como-funcionam\/\"><strong>ribossomos<\/strong><\/a> s\u00e3o organelas citoplasm\u00e1ticas n\u00e3o membranosas, pois n\u00e3o s\u00e3o revestidos por membrana lipoproteica semelhante \u00e0 membrana celular.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Eles existem em todos os tipos de c\u00e9lula. Ao microsc\u00f3pio eletr\u00f4nico, aparecem como organelas compactas, compostas de duas subunidades, de tamanhos diferentes, constitu\u00eddas de \u00e1cido ribonucleico riboss\u00f4mico (RNAr) e prote\u00ednas.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Isolados, os ribossomos n\u00e3o sintetizam prote\u00ednas. Para tal processo acontecer, precisam associar-se a mol\u00e9culas de RNA mensageiro (RNAm)\u00a0; e constituir um\u00a0polissomo<strong>\u00a0<\/strong>ou polirribossomo, a\u00a01 forma\u00e7\u00e3o funcional para a <strong><a href=\"http:\/\/planetabiologia.com\/divisao-celular\/\">s\u00edntese de prote\u00ednas<\/a><\/strong> nas\u00a0 c\u00e9lulas.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Um polissomo pode reunir de oito a vinte; ribossomos, mas \u00e9 o RNAm que cont\u00e9m a informa\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica para a s\u00edntese dos diferentes tipos de prote\u00ednas que posteriormente s\u00e3o direcionadas aos seus locais de atua\u00e7\u00e3o por meio de \u201cc\u00f3digos de\u00a0\u00a0endere\u00e7amento\u201d inclu\u00eddos na pr\u00f3pria prote\u00edna.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\"><strong>Organelas membranosas<\/strong><\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">As organelas membranosas representam, em m\u00e9dia, cerca de 40% do volume celular total. Nesse grupo incluem-se: ret\u00edculo endoplasm\u00e1tico, <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/complexo-golgiense\/\">complexo golgiense<\/a>, lisossomos, peroxissomos, glioxissomos, vac\u00faolos, mitoc\u00f4ndrias e <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/cloroplasto\/\"><strong>cloroplastos<\/strong><\/a>.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\"><strong>Mitoc\u00f4ndrias<\/strong><\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">As <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/mitocondrias-funcao-e-estrutura-o-que-e\/\"><strong>mitoc\u00f4ndrias<\/strong><\/a>, organelas encontradas em todas as c\u00e9lulas eucari\u00f3ticas e respons\u00e1veis pela\u00a0<strong>respira\u00e7\u00e3o celular<\/strong>, t\u00eam, em geral, forma ovoide ou\u00a0em bastonete e medem cerca de 0,2 pm a 0,7 pm\u00a0de di\u00e2metro, e 1 pm a 5 pm de comprimento. Seu\u00a0n\u00famero \u00e9 vari\u00e1vel, sendo maior nas c\u00e9lulas com\u00a0grande atividade metab\u00f3lica, como, por exemplo,\u00a0as fibras musculares. Podem executar movimentos\u00a0ativos ou serem arrastadas pela ciclose.<\/p>\n<h4 style=\"text-align: left;\">As mitoc\u00f4ndrias geram energia a partir de nutrientes\u00a0para potenciar a c\u00e9lula<\/h4>\n<p style=\"text-align: left;\">A observa\u00e7\u00e3o microsc\u00f3pica da mitoc\u00f4ndria n\u00e3o fornece qualquer indica\u00e7\u00e3o da sua import\u00e2ncia. Sua fun\u00e7\u00e3o foi descoberta rompendo-se as c\u00e9lulas e coletando-se as mitoc\u00f4ndrias por centrifuga\u00e7\u00e3o da \u201csopa\u201d de fragmentos celulares. Mitoc\u00f4ndrias purificadas foram ent\u00e3o testadas para se saber que processos qu\u00edmicos elas podiam realizar.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Foi, pois, descoberto que as mitoc\u00f4ndrias s\u00e3o as geradoras de energia qu\u00edmica para a c\u00e9lula. Elas derivam a energia da oxida\u00e7\u00e3o de mol\u00e9culas presentes nos alimentos, como os a\u00e7\u00facares, para produzir o combust\u00edvel qu\u00edmico b\u00e1sico &#8211; <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-atp-adenosina-trifosfato\/\"><strong>adenosina trifosfato ou ATP<\/strong><\/a> -, a gasolina, por assim dizer, que energiza a maioria dos processos celulares.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Como a mitoc\u00f4ndria consome oxig\u00eanio e libera di\u00f3xido de carbono durante sua atividade, o processo por inteiro \u00e9 chamado de <strong><a href=\"\/respiracao-celular\/\">respira\u00e7\u00e3o celular<\/a><\/strong> devido \u00e0 sua similaridade com a respira\u00e7\u00e3o.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">N\u00e3o se esque\u00e7a de dizer o que est\u00e1 achando aula\u00a0<strong>Fun\u00e7\u00f5es das organelas celulares, <\/strong>deixe suas opini\u00f5es e coment\u00e1rios.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Cloroplastos<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Nas c\u00e9lulas vegetais e de v\u00e1rios protistas encontram-se organelas denominadas\u00a0<strong>plastos<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>envolvidas com processos de s\u00edntese de compostos org\u00e2nicos e de armazenamento e reserva de subst\u00e2ncias.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">De todas elas, as mais importantes s\u00e3o os cloroplastos, porque possuem <a href=\"http:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-clorofila-para-que-uma-planta-utiliza\/\">clorofila<\/a> e respondem pelo processo da fotoss\u00edntese, por meio do\u00a0qual compostos org\u00e2nicos s\u00e3o sintetizados com\u00a0libera\u00e7\u00e3o de g\u00e1s oxig\u00eanio para o ambiente. Estude o <a href=\"\/reino-plantae-resumo-caracteristicas-classificacao-dos-vegetais\/\">Reino Plantae<\/a> e veja essas e outras carater\u00edsticas do reino vegetal<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\"><strong>Ret\u00edculo endoplasm\u00e1tico<\/strong><\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Ao microsc\u00f3pio eletr\u00f4nico, o citoplasma apresenta um sistema de <a href=\"https:\/\/edisciplinas.usp.br\/pluginfile.php\/3137171\/mod_resource\/content\/1\/Sistema%20de%20endomembranas.pdf\" target=\"_blank\" rel=\"noopener\">endomembranas<\/a> que constitui o ret\u00edculo endoplasm\u00e1tico (RE). As membranas do\u00a0RE, de composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica e estruturas semelhantes \u00e0s da membrana celular, delimitam cavidades\u00a0tubulares ou vesiculares que dividem o citoplasma\u00a0em compartimentos interligados.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">O RE \u00e9 cont\u00ednuo com a membrana externa do envolt\u00f3rio nuclear (carioteca) e acha-se ligado\u00a0tamb\u00e9m \u00e0 membrana celular, como se fosse um\u00a0prolongamento dela para o interior da c\u00e9lula.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Existem dois tipos de RE: o granuloso e o n\u00e3o granuloso. Ambos transportam subst\u00e2ncias no interior das c\u00e9lulas, mas h\u00e1 diferen\u00e7as morfol\u00f3gicas e funcionais entre eles.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">O RE granuloso possui ribossomos aderidos \u00e0 face externa de suas membranas e constitui o local de s\u00edntese de prote\u00ednas. O RE n\u00e3o granuloso n\u00e3o possui ribossomos aderidos \u00e0 face externa de suas membranas e est\u00e1 relacionado principalmente com a s\u00edntese de lip\u00eddios, de certos horm\u00f4nios, como testosterona, estrog\u00eanio e progesterona, e \u00e9 respons\u00e1vel, tamb\u00e9m, pela desintoxica\u00e7\u00e3o celular.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Complexo golgiense &#8211; antigamente conhecido como complexo de Golgi<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">O complexo golgiense (antigo complexo de Golgi, em homenagem ao seu descobridor Camilo Golgi) constitui uma zona do RE n\u00e3o granuloso bastante diferenciada do restante.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Trata-se de um sistema de lamelas lipoproteicas dobradas ordenadamente, formando s\u00e1culos achatados, de cujas bordas destacam-se ves\u00edculas de secre\u00e7\u00e3o de tamanhos diferentes.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Cada conjunto de s\u00e1culos achatados constitui uma unidade do complexo golgiense, denominada <strong>s\u00e1culo lameliforme,<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>designa\u00e7\u00e3o atual dos dictiossomos.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">H\u00e1 evid\u00eancias de que certas prote\u00ednas sintetizadas pelos polissomos ligados ao RE s\u00e3o canalizadas para o complexo golgiense. De l\u00e1 se destacam formando ves\u00edculas e chegam at\u00e9 a membrana celular, de onde extravasam para fora da c\u00e9lula, por\u00a0meio da exocitose. Tal fato sugere que o complexo\u00a0golgiense estaria ligado \u00e0 secre\u00e7\u00e3o celular.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Lisossomos<\/h3>\n<p>Os <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/lisossomos-funcao\/\"><strong>lisossomos<\/strong><\/a> s\u00e3o organelas esf\u00e9ricas, envolvidas por membrana \u00fanica. O processo da digest\u00e3o intracelular por eles desencadeado pode ocorrer por heterofagia e autofagia.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">O microsc\u00f3pio eletr\u00f4nico revelou a exist\u00eancia de min\u00fasculas ves\u00edculas espalhadas pelo citoplasma de praticamente todas as c\u00e9lulas eucari\u00f3ticas,\u00a0embora sejam mais comuns em <a href=\"http:\/\/planetabiologia.com\/celula-animal-estrutura-caracteristicas-gerais\/\">c\u00e9lulas animais<\/a>.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">An\u00e1lises bioqu\u00edmicas revelaram que o conte\u00fado dessas ves\u00edculas \u00e9 rico em enzimas que participam da digest\u00e3o intracelular. Pela fun\u00e7\u00e3o que desempenham dentro das c\u00e9lulas, essas ves\u00edculas foram denominadas <strong>lisossomos<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>(do grego\u00a0<em>lysis<\/em>\u00a0= dissolu\u00e7\u00e3o;\u00a0<em>soma<\/em>\u00a0= corpo).<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">A digest\u00e3o por heterofagia ocorre quando uma part\u00edcula \u00e9 englobada do meio externo, por fagocitose ou pinocitose, e aprisionada em um vac\u00faolo digestivo.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Se for s\u00f3lido, o conte\u00fado desse vac\u00faolo \u00e9 denominado <strong>fagossomo;<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>se for l\u00edquido, \u00e9 denominado\u00a0<strong>pinossomo.<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>A digest\u00e3o intracelular por heterofagia \u00e9 realizada pelos leuc\u00f3citos, que s\u00e3o capazes de englobar micro-organismos e em seguida destru\u00ed-los, no interior de vac\u00faolos digestivos, pela a\u00e7\u00e3o de enzimas lisoss\u00f4micas.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">As amebas e outros organismos, como esponjas e <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/cnidarios-filo-resumo\/\"><strong>cnid\u00e1rios<\/strong><\/a>, tamb\u00e9m realizam a digest\u00e3o intracelular heterof\u00e1gica.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">A digest\u00e3o por autofagia ocorre nos casos de renova\u00e7\u00e3o de organelas celulares e na remodelagem\u00a0de tecidos (metamorfose dos insetos).<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Acredita-se que os lisossomos estejam relacionados com o fen\u00f4meno da reabsor\u00e7\u00e3o da cauda, das br\u00e2nquias e nadadeiras do girino durante a metamorfose.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">As c\u00e9lulas desses \u00f3rg\u00e3os, a partir de um determinado momento, sofrem auto digest\u00e3o gradativa, que as leva ao \u201csuic\u00eddio\u201d, fen\u00f4meno conhecido como <a href=\"http:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-apoptose-morte-celular\/\"><strong>apoptose<\/strong><\/a><strong>\u00a0<\/strong>e causado pelo rompimento dos lisossomos dentro das c\u00e9lulas. O produto resultante desse processo \u00e9 utilizado pelo animal\u00a0para o seu desenvolvimento.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">O gr\u00e1fico a seguir mostra, em v\u00e1rios est\u00e1gios da metamorfose do girino, a porcentagem de enzima digestiva em fun\u00e7\u00e3o do tamanho da cauda.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Peroxissomos e glioxissomos<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Os peroxissomos s\u00e3o organelas ricas em enzimas, como peroxidase ou catalase. S\u00e3o limitados\u00a0I por uma membrana \u00fanica e encontrados nas c\u00e9lulas animais e vegetais. As enzimas neles presentes\u00a0I s\u00e3o sintetizadas pelos <a href=\"\/estrutura-e-funcao-dos-ribossomos-como-funcionam\/\"><strong>ribossomos<\/strong><\/a> ligados ao ret\u00edculo endoplasm\u00e1tico granuloso.<\/p>\n<h3 style=\"text-align: left;\">Vac\u00faolos<\/h3>\n<p style=\"text-align: left;\">Os vac\u00faolos s\u00e3o estruturas intracelulares envolvidas por membrana lipoproteica. Surgem do desenvolvimento de ves\u00edculas do ret\u00edculo endoplasm\u00e1tico. Podem tamb\u00e9m se originar a partir da membrana celular, em casos de fagocitose e pinocitose.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Nas c\u00e9lulas animais, os vac\u00faolos podem ser digestivos ou autof\u00e1gicos. Os vac\u00faolos digestivos englobam as part\u00edculas que s\u00e3o digeridas pelas enzimas lisoss\u00f4micas.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Parte do material digerido difunde-se no citosol e \u00e9 aproveitada pela c\u00e9lula. A parte n\u00e3o aproveitada forma o chamado\u00a0<strong>vac\u00faolo\u00a0residual,<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>que tende a ser eliminado pelo processo da clasmocitose.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">H\u00e1 casos em que as enzimas lisoss\u00f4micas digerem partes da pr\u00f3pria c\u00e9lula, por exemplo, uma mitoc\u00f4ndria ou por\u00e7\u00f5es do ret\u00edculo endoplasm\u00e1tico, com a forma\u00e7\u00e3o de um tipo especial de vac\u00faolo digestivo, o\u00a0<strong>vac\u00faolo autof\u00e1gico.<\/strong><\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Nos protozo\u00e1rios de \u00e1gua doce, al\u00e9m de vac\u00faolos digestivos, tamb\u00e9m s\u00e3o observados vac\u00faolos com a fun\u00e7\u00e3o de manter o equil\u00edbrio osm\u00f3tico entre o meio externo e a c\u00e9lula.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Esses vac\u00faolos s\u00e3o denominados <strong>contrateis<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>ou\u00a0<strong>puls\u00e1teis,<\/strong><strong>\u00a0<\/strong>porque se dilatam\u00a0e se contraem para expulsar o excesso de \u00e1gua, que\u00a0entra por osmose atrav\u00e9s de um poro da membrana.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Nas c\u00e9lulas vegetais, os vac\u00faolos servem principalmente para armazenamento de \u00e1gua, pigmentos e outras subst\u00e2ncias. Est\u00e3o tamb\u00e9m relacionados com os processos de entrada e sa\u00edda de \u00e1gua, contribuindo para o controle da press\u00e3o osm\u00f3tica\u00a0que a c\u00e9lula desenvolve.<\/p>\n<p style=\"text-align: left;\">Voc\u00ea achou alguma informa\u00e7\u00e3o errada em\u00a0<strong>Fun\u00e7\u00f5es das organelas celulares<\/strong><\/p>\n<p><strong>Veja tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n<ul>\n<li><a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/a-celula-vegetal-caracteristicas-gerais\/\">A c\u00e9lula vegetal<\/a><\/li>\n<\/ul>\n<p>Tem um artigo, um post, ou algo qualquer relacionado a ci\u00eancias, educa\u00e7\u00e3o, e biologia? Que tal publicar aqui? Se voc\u00ea encontrou algo indevido deixe nos coment\u00e1rios que assim que puder vou analisar<\/p>\n<h2>Refer\u00eancias bibliogr\u00e1ficas<\/h2>\n<p>JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa et al.\u00a0<b>Biologia celular e molecular<\/b>. McGraw-Hill Interamericana, 1998.<\/p>\n<h5 style=\"text-align: left;\">Fonte: Livro Citologia, Embriologia e histologia de Pezzi, Gowdak e Matos &#8211; Editora FTD<\/h5>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<p>S\u00e3o as organelas celulares que realizam as mais diversas fun\u00e7\u00f5es nas c\u00e9lulas. Nesta aula veremos em detalhes, como funcionam as principais organelas celulares. Veremos tamb\u00e9m a sua estrutura e import\u00e2ncia.<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":2287,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[77,38],"tags":[4,95],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2308"}],"collection":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=2308"}],"version-history":[{"count":9,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2308\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":14724,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/2308\/revisions\/14724"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/2287"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=2308"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=2308"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=2308"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}