{"id":4430,"date":"2016-10-16T19:34:58","date_gmt":"2016-10-16T22:34:58","guid":{"rendered":"http:\/\/planetabiologia.com\/?p=4430"},"modified":"2022-11-21T21:45:31","modified_gmt":"2022-11-21T21:45:31","slug":"pressao-da-agua","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/pressao-da-agua\/","title":{"rendered":"Press\u00e3o da \u00e1gua"},"content":{"rendered":"

Em uma usina hidrel\u00e9trica, a \u00e1gua represada no reservat\u00f3rio passa por turbinas que, ao se movimentarem, produzem energia. Essa energia \u00e9 convertida em energia el\u00e9trica nos geradores e fica dispon\u00edvel para o consumo. Para que as turbinas se movimentem, a \u00e1gua precisa passar com velocidade.<\/p>\n

Para responder a essas e a outras perguntas, vamos estudar a press\u00e3o da \u00e1gua.<\/p>\n

Press\u00e3o e for\u00e7a: qual a diferen\u00e7a?<\/strong><\/h2>\n

No seu dia a dia voc\u00ea j\u00e1 deve ter ouvido e utilizado as palavras\u00a0for\u00e7a\u00a0<\/strong>e \u00a0press\u00e3o.\u00a0<\/strong>Quando voc\u00ea se apoia em uma parede utilizando a m\u00e3o aberta, voc\u00ea est\u00e1 aplicando uma for\u00e7a sobre a parede. Essa for\u00e7a n\u00e3o est\u00e1 distribu\u00edda por toda a parede, mas apenas na \u00e1rea em que sua\u00a0I\u00a0<\/em>m\u00e3o est\u00e1 em contato com ela.<\/p>\n

A rela\u00e7\u00e3o entre a for\u00e7a e a \u00e1rea (superf\u00edcie) na qual a for\u00e7a est\u00e1 sendo aplicada \u00e9 chamada de\u00a0press\u00e3o. <\/strong>Portanto, uma for\u00e7a de mesma intensidade pode provocar diferentes press\u00f5es, dependendo da \u00e1rea na qual ela est\u00e1 sendo aplicada.<\/p>\n

Voc\u00ea pode verificar facilmente a diferen\u00e7a entre press\u00e3o e for\u00e7a segurando um l\u00e1pis. Ao apert\u00e1-lo entre os dedos, voc\u00ea estar\u00e1 exercendo uma for\u00e7a sobre todo o l\u00e1pis.<\/p>\n

Por\u00e9m, voc\u00ea vai perceber uma dor maior no dedo onde est\u00e1 a ponta afiada. Isso significa que, quanto menor a superf\u00edcie de contato (parte apontada do l\u00e1pis), maior ser\u00e1 a press\u00e3o.<\/p>\n

A press\u00e3o nos l\u00edquidos<\/strong><\/h2>\n

\"A-press\u00e3o-nos-l\u00edquidos\"<\/a><\/p>\n

E no caso dos l\u00edquidos, como compreender os efeitos da press\u00e3o? Observe a fotografia ao lado. Nesse modelo, utilizando uma garrafa PET usada para refrigerantes, vemos que, quanto menor a altura da coluna de \u00e1gua na garrafa, menor \u00e9 a intensidade com que o jato de \u00e1gua sai da garrafa.<\/p>\n

A press\u00e3o da \u00e1gua<\/a><\/strong> no n\u00edvel do orif\u00edcio depende da altura da coluna de \u00e1gua sobre ele: quanto maior a altura da coluna de l\u00edquido, maior ser\u00e1 a press\u00e3o exercida. O alcance do jato de \u00e1gua vai diminuindo \u00e0 medida que a altura da coluna de \u00e1gua vai diminuindo.<\/p>\n

Os efeitos da press\u00e3o nos l\u00edquidos est\u00e3o relacionados, por exemplo, com a constru\u00e7\u00e3o de submarinos e com a constru\u00e7\u00e3o de barragens de represas.<\/p>\n

Como os submarinos se deslocam em diferentes profundidades nos mares e oceanos, \u00e9 preciso que sejam constru\u00eddos de modo a suportar grandes press\u00f5es de \u00e1gua. Por isso s\u00e3o constru\u00eddos com estruturas altamente resistentes.<\/p>\n

As barragens das represas t\u00eam paredes mais largas na parte de baixo do que na parte de cima; a parte de baixo \u00e9 projetada para suportar maiores press\u00f5es.<\/p>\n

\"grossura<\/a><\/p>\n

Press\u00e3o em todas as dire\u00e7\u00f5es<\/strong><\/h3>\n

Se voc\u00ea encaixar uma mangueira com v\u00e1rios furos em uma torneira aberta, ver\u00e1 que se formam v\u00e1rios jatos de \u00e1gua. Esse fato mostra que a \u00e1gua exerce press\u00e3o em todas as dire\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Vivendo sob altas tens\u00f5es<\/strong><\/h2>\n

No fundo do oceano, onde a luz do Sol n\u00e3o chega e a temperatura m\u00e9dia \u00e9 de 2 \u00b0C, vivem os chamados seres vivos abissais.<\/p>\n

Entre eles, existem peixes<\/strong> <\/a>com aspectos diferentes, que fascinam os cientistas por sua capacidade de adaptar-se as press\u00f5es praticamente insuport\u00e1veis a outros seres vivos.<\/p>\n

Uma explica\u00e7\u00e3o para o fato de eles sobreviverem sob altas press\u00f5es sem serem esmagados \u00e9 que a \u00e1gua no interior de seu organismo exerce press\u00e3o de dentro para fora, de forma a equilibrar a press\u00e3o exercida pela \u00e1gua do mar.<\/p>\n

Diferen\u00e7as de press\u00e3o<\/h2>\n

Observe, na ilustra\u00e7\u00e3o abaixo, dois tubos (A e B) ligados entre si e a v\u00e1lvula que permite a comunica\u00e7\u00e3o entre eles.<\/p>\n

\"Valvula<\/a><\/p>\n

Com a v\u00e1lvula fechada, voc\u00ea pode observar que, no tubo\u00a0A,\u00a0<\/strong>a altura da coluna de \u00e1gua em rela\u00e7\u00e3o ao fundo do tubo \u00e9 maior que no tubo\u00a0B. <\/strong>Portanto, a press\u00e3o que a \u00e1gua exerce na v\u00e1lvula, no lado\u00a0A\u00a0<\/strong>do tubo, \u00e9 maior que a press\u00e3o que ela exerce no lado B.<\/strong><\/p>\n

Veja o que acontece ao abrirmos a v\u00e1lvula. Uma parte da \u00e1gua passa do tubo\u00a0A\u00a0<\/strong>para o tubo\u00a0B,\u00a0<\/strong>at\u00e9 que o n\u00edvel da \u00e1gua fique igual nos dois tubos.<\/p>\n

Isso pode ser explicado pela diferen\u00e7a de press\u00e3o exercida pela \u00e1gua, nos dois tubos, sobre a v\u00e1lvula. Ao abrirmos a v\u00e1lvula, a \u00e1gua do tubo\u00a0A,\u00a0<\/strong>que exercia maior press\u00e3o, empurra a \u00e1gua do tubo\u00a0B,\u00a0<\/strong>que exercia menor press\u00e3o.<\/p>\n

A \u00e1gua se movimenta de maneira que, no final, seu n\u00edvel seja o mesmo nos dois tubos. Quando isso ocorre, a press\u00e3o no fundo dos dois tubos passa a ser a mesma.<\/p>\n

Esse fen\u00f4meno ocorre sempre que houver tubos de quaisquer formas e tamanhos interligados. Se voc\u00ea colocar um l\u00edquido em um dos tubos, ele ir\u00e1 se distribuir por todos os outros, atingindo o mesmo n\u00edvel. Esse \u00e9 o\u00a0princ\u00edpio dos vasos comunicantes.<\/strong><\/p>\n

\"Nivelamento<\/a><\/p>\n

\u00a0<\/strong>A distribui\u00e7\u00e3o de \u00e1gua nas cidades<\/strong><\/h2>\n

Os reservat\u00f3rios de \u00e1gua (caixas-d’\u00e1gua) de uma cidade est\u00e3o interligados por meio de canos com as caixas-d\u2019\u00e1gua de nossas casas, formando um sistema de vasos comunicantes.<\/p>\n

Esses reservat\u00f3rios devem estar localizados em regi\u00f5es mais altas em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s tubula\u00e7\u00f5es e \u00e0s caixas-d\u2019\u00e1gua dos im\u00f3veis, para permitir, por diferen\u00e7a de press\u00e3o, a distribui\u00e7\u00e3o da \u00e1gua.<\/p>\n

A empresa respons\u00e1vel pelo sistema de \u00e1guas e esgotos da cidade instala as tubula\u00e7\u00f5es que distribuem a \u00e1gua. O propriet\u00e1rio do im\u00f3vel fica com a responsabilidade de completar a tubula\u00e7\u00e3o restante no interior da resid\u00eancia, por exemplo.<\/p>\n

A \u00e1gua que vem do reservat\u00f3rio geralmente vai para uma caixa-d\u2019\u00e1gua que se situa em um local mais alto da casa, pr\u00f3ximo do telhado.<\/p>\n

O esquema a seguir mostra, de forma simplificada, como funciona o princ\u00edpio dos vasos comunicantes entre um reservat\u00f3rio de \u00e1gua e torneiras localizadas em diferentes alturas.<\/p>\n

\"vasos<\/a><\/p>\n

Na mangueira do jardim e no apartamento 1, a \u00e1gua jorra com mais intensidade devido \u00e0 maior diferen\u00e7a de press\u00e3o. No apartamento 2, como a diferen\u00e7a de press\u00e3o \u00e9 menor, a \u00e1gua sai da torneira com menor intensidade. Pelo princ\u00edpio dos vasos comunicantes, podemos entender porque a \u00e1gua n\u00e3o chega \u00e0 torneira do apartamento 3.<\/p>\n

No caso de alguns pr\u00e9dios, a \u00e1gua que vem da rua \u00e9 armazenada em um reservat\u00f3rio subterr\u00e2neo chamado cisterna. Em seguida, ela \u00e9 bombeada para outro reservat\u00f3rio, situado no alto do pr\u00e9dio para, a partir da\u00ed, ser distribu\u00edda para os apartamentos.<\/p>\n

Os l\u00edquidos transmitem press\u00e3o<\/strong><\/h2>\n

Pela ilustra\u00e7\u00e3o ao lado, podemos perceber que um peso colocado sobre o \u00eambolo menor \u00e9 capaz de sustentar dois pesos iguais a ele colocados sobre o \u00eambolo maior. Como isso acontece?<\/p>\n

Quando colocamos um peso sobre o \u00eambolo menor, ele exerce uma press\u00e3o sobre a \u00e1gua que \u00e9 transmitida para o outro \u00eambolo. Como a \u00e1rea do \u00eambolo maior \u00e9 o dobro da \u00e1rea do menor, para que eles se mantenham no mesmo n\u00edvel, devemos colocar dois pesos sobre o \u00eambolo maior.<\/p>\n

Este fato \u00e9 conhecido como\u00a0princ\u00edpio de Pascal<\/a>,\u00a0<\/strong>cujo enunciado est\u00e1 abaixo.<\/p>\n

\u201cA press\u00e3o exercida sobre um l\u00edquido contido em um recipiente fechado \u00e9 transmitida para todos os pontos do l\u00edquido.\u201d<\/p>\n

O que equivale a dizer que qualquer l\u00edquido transmite integralmente a todos os pontos a press\u00e3o exercida sobre ele.<\/p>\n

A compreens\u00e3o do princ\u00edpio dos vasos comunicantes e do princ\u00edpio de Pascal \u00e9 importante para entender como a \u00e1gua circula nas tubula\u00e7\u00f5es de uma cidade e chega \u00e0s nossas casas.<\/p>\n

Pascal<\/strong><\/h2>\n

Fil\u00f3sofo, matem\u00e1tico, f\u00edsico e escritor, o franc\u00eas Blaise Pascal<\/a><\/strong> (1623-1662) contribuiu com numerosos tratados cient\u00edficos. Entre eles, desenvolveu pesquisas sobre a din\u00e2mica dos l\u00edquidos em diferentes situa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

Em 1648, Pascal publicou uma importante descoberta que ficou conhecida como princ\u00edpio de Pascal: \u201cA press\u00e3o aplicada a um fluido contido em um recipiente \u00e9 transmitida integralmente a todos os pontos do fluido e \u00e0s paredes do recipiente que o cont\u00e9m”.<\/p>\n

Esse princ\u00edpio pode ser aplicado em diversas situa\u00e7\u00f5es e possibilitou a inven\u00e7\u00e3o das chamadas m\u00e1quinas hidr\u00e1ulicas, entre as quais podemos citar os freios de autom\u00f3vel.<\/p>\n

Simplificadamente, quando o motorista pisa no pedal, o \u00f3leo de freio \u00e9 pressionado dentro de um cilindro que percorre todo o autom\u00f3vel at\u00e9 a roda. A press\u00e3o exercida pelo \u00f3leo de freio faz com que as lonas encostem na roda, diminuindo a velocidade do carro.<\/p>\n

A cama de pregos do faquir<\/strong><\/h2>\n

A for\u00e7a exercida pelo corpo do faquir ao deitar sobre uma cama de pregos distribui-se por toda a superf\u00edcie do corpo apoiada nos pregos, diminuindo a press\u00e3o em todos os pontos de apoio.<\/p>\n

Se o faquir ou qualquer outra pessoa se deitasse sobre um \u00fanico prego, a press\u00e3o seria t\u00e3o grande que ele furaria o seu corpo. Lembre que um faquir \u00e9 uma pessoa treinada para realizar esse tipo de procedimento.<\/p>\n

Generalizando, podemos afirmar que, para uma mesma for\u00e7a, quanto menor a superf\u00edcie onde ela \u00e9 aplicada, maior ser\u00e1 a press\u00e3o.<\/p>\n

A diferen\u00e7a entre press\u00e3o e for\u00e7a fica ainda mais evidente se procurarmos a resposta para outra pergunta: por que os pregos t\u00eam pontas?<\/p>\n

Quando damos uma martelada na extremidade achatada do prego, a for\u00e7a \u00e9 transmitida para a outra extremidade (ponta do prego), que apresenta uma \u00e1rea menor.<\/p>\n

Assim, na ponta do prego a press\u00e3o \u00e9 maior, o que facilita sua entrada na madeira. Entretanto, se fizermos o contr\u00e1rio, ou seja, se a martelada for dada com a mesma for\u00e7a na ponta do prego, a for\u00e7a ser\u00e1 transmitida para a extremidade achatada do prego, que tem \u00e1rea maior. Nesse caso, a press\u00e3o sobre a madeira ser\u00e1 menor e o prego n\u00e3o entrar\u00e1.<\/p>\n

\u00c9 importante perceber que, embora for\u00e7as de mesma intensidade tenham sido aplicadas nas duas extremidades do prego, as press\u00f5es foram diferentes.<\/p>\n

Existem muitas situa\u00e7\u00f5es em que \u00e9 poss\u00edvel verificar os efeitos da press\u00e3o. Por exemplo, tesouras e facas, depois de algum tempo de uso, perdem \u201co poder de corte”, precisando ser amoladas. Amolar uma faca significa diminuir sua \u00e1rea de corte para, assim, aumentar a press\u00e3o sobre o objeto a ser cortado.<\/p>\n

Resumo da aula\u00a0Press\u00e3o da \u00e1gua<\/strong><\/h2>\n
    \n
  • A diferen\u00e7a entre press\u00e3o e for\u00e7a aplicada.<\/li>\n
  • A rela\u00e7\u00e3o da press\u00e3o com a altura de uma coluna de \u00e1gua.<\/li>\n
  • O princ\u00edpio dos vasos comunicantes.<\/li>\n
  • O sistema de distribui\u00e7\u00e3o de \u00e1gua em uma cidade.<\/li>\n<\/ul>\n

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    Em uma usina hidrel\u00e9trica, a \u00e1gua represada no reservat\u00f3rio passa por turbinas que, ao se movimentarem, produzem energia. Essa energia \u00e9 convertida em energia el\u00e9trica nos geradores e fica dispon\u00edvel para o consumo. Para que as turbinas se movimentem, a \u00e1gua precisa passar com velocidade. Para responder a essas e a outras perguntas, vamos estudar …<\/p>\n","protected":false},"author":2,"featured_media":4435,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[18,50],"tags":[61],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4430"}],"collection":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4430"}],"version-history":[{"count":2,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4430\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":15059,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4430\/revisions\/15059"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/4435"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4430"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4430"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4430"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}