{"id":9515,"date":"2020-05-02T00:20:58","date_gmt":"2020-05-02T03:20:58","guid":{"rendered":"https:\/\/planetabiologia.com\/?p=9515"},"modified":"2022-11-24T00:02:24","modified_gmt":"2022-11-24T00:02:24","slug":"o-que-e-virion","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-virion\/","title":{"rendered":"O que \u00e9 Virion"},"content":{"rendered":"

Um virion<\/strong> \u00e9 uma part\u00edcula isolada de um v\u00edrus na forma infeciosa. Os v\u00edrus passam por v\u00e1rias formas durante o seu ciclo. E quando ele est\u00e1 na forma mais completa, com a capacidade de infectar uma c\u00e9lula, chamamos essa forma de virion.<\/p>\n

Eles s\u00e3o muito pequenos, com cerca de 20 a 250 nan\u00f4metros de di\u00e2metro. <\/span>Essas part\u00edculas virais<\/a> individuais tem como sua principal caracter\u00edstica a capacidade de infectar uma c\u00e9lula hospedeira. <\/span><\/p>\n

Diferentemente das bact\u00e9rias, que s\u00e3o em m\u00e9dia 100 vezes maiores, n\u00e3o podemos ver os v\u00edrus<\/strong><\/a> com um microsc\u00f3pio \u00f3ptico, com exce\u00e7\u00e3o de alguns grandes virions da fam\u00edlia dos poxv\u00edrus. <\/span><\/p>\n

N\u00e3o era poss\u00edvel v\u00ea-los at\u00e9 o desenvolvimento do microsc\u00f3pio eletr\u00f4nico no final da d\u00e9cada de 1930.<\/span><\/p>\n

Depois da inven\u00e7\u00e3o desse tipo de microsc\u00f3pio, os cientistas tiveram sua primeira boa vis\u00e3o da estrutura do v\u00edrus do mosaico do tabaco\u00a0 e outros v\u00edrus.<\/span><\/p>\n

A estrutura da superf\u00edcie dos virions pode ser observada por microscopia eletr\u00f4nica de varredura<\/strong><\/a> e transmiss\u00e3o, enquanto as estruturas internas do v\u00edrus s\u00f3 podem ser observadas em imagens de um microsc\u00f3pio eletr\u00f4nico de transmiss\u00e3o<\/a>. <\/span><\/p>\n

O uso dessas tecnologias permitiu a descoberta de muitos v\u00edrus de todos os tipos de organismos vivos. <\/span><\/p>\n

Eles foram inicialmente agrupados por morfologia compartilhada. Posteriormente, os grupos de v\u00edrus foram classificados pelo tipo de \u00e1cido nucleico<\/strong><\/a> que eles continham, DNA ou RNA, e se o seu \u00e1cido nucleico era de fita simples ou dupla. <\/span><\/p>\n

Mais recentemente, a an\u00e1lise molecular dos ciclos de reprodu\u00e7\u00e3o viral aprimorou ainda mais sua classifica\u00e7\u00e3o.<\/span><\/p>\n

Principais caracter\u00edsticas e estruturas dos virions<\/h2>\n

Estruturalmente os virions s\u00e3o compostos por uma camada proteica\u00a0externa chamada caps\u00eddio,<\/strong> o genoma viral<\/a> que cont\u00e9m o \u00e1cido nucleico que pode ser ou RNA ou DNA.<\/p>\n

Algumas formas podem ainda ter em suas estruturas um envelope viral<\/strong><\/a> e glicoprote\u00ednas<\/strong><\/a>.<\/p>\n

\"estrutura<\/p>\n

Caps\u00eddio e caps\u00f4mero<\/h2>\n

O caps\u00eddio envolve o genoma viral e esse conjunto \u00e9 chamado de nucleocaps\u00eddio<\/strong>. Os caps\u00eddeos<\/strong><\/a> de um Virion s\u00e3o formados a partir de subunidades proteicas id\u00eanticas chamadas caps\u00f4meros<\/a>.<\/p>\n

Os v\u00edrus podem ter um “envelope” lip\u00eddico derivado da membrana celular<\/strong><\/a> hospedeira. O caps\u00eddeo \u00e9 feito de prote\u00ednas codificadas pelo genoma viral e sua forma serve como base para a distin\u00e7\u00e3o morfol\u00f3gica.<\/p>\n

Em alguns virions, o caps\u00eddeo \u00e9 ainda envolvido por uma membrana lip\u00eddica, caso em que essa forma pode ser inativado pela exposi\u00e7\u00e3o a solventes gordurosos, como \u00e9ter, clorof\u00f3rmio e \u00e1lcool.<\/p>\n

O n\u00facleo confere infecciosidade e o caps\u00eddeo fornece especificidade ao v\u00edrus.<\/p>\n

Muitos virions s\u00e3o esferoidais – na verdade, icosa\u00e9dricos (o caps\u00eddeo tem 20 faces triangulares) – com unidades regularmente organizadas chamadas caps\u00f4meros, dois a cinco ou mais ao longo de cada lado.<\/p>\n

Caps\u00f4meros s\u00e3o subunidades dos caps\u00eddios e funcionam como encaixe. O conjunto dessas estruturas encaixadas formam o caps\u00eddio.<\/p>\n

As subunidades de prote\u00ednas codificadas por v\u00edrus se auto-agrupam para formar um caps\u00eddeo, geralmente exigindo a presen\u00e7a do genoma viral.<\/p>\n

Genoma dos virions<\/h2>\n

O \u00e1cido nucleico \u00e9 densamente enrolado no interior e podem assumir diferentes formas, como o RNA de fita simples ou dupla. O mesmo acontecendo com o DNA, podendo ser de fita simples ou dupla.<\/p>\n

Cada esp\u00e9cie possui apenas um tipo de genoma viral. Ou RNA, ou DNA. Nunca os dois ao mesmo tempo.<\/p>\n

Retrov\u00edrus, como o HIV<\/strong><\/a>, possuem uma enzima chamada transcriptase reversa, que forma DNA a partir do RNA.<\/p>\n

Os v\u00edrus da maioria das plantas s\u00e3o em forma de bastonete; o caps\u00eddeo \u00e9 um cilindro nu (sem membrana gordurosa) dentro do qual se encontra uma haste reta ou helicoidal de \u00e1cido nucleico.<\/p>\n

Os v\u00edrus complexos codificam prote\u00ednas que auxiliam na constru\u00e7\u00e3o de seu caps\u00eddeo.<\/p>\n

As prote\u00ednas associadas ao \u00e1cido nucleico s\u00e3o conhecidas como nucleoprote\u00ednas, e a associa\u00e7\u00e3o das prote\u00ednas do caps\u00eddeo viral ao \u00e1cido nucleico viral \u00e9 chamada de nucleocaps\u00eddeo<\/strong><\/a>.<\/p>\n

O caps\u00eddeo e toda a estrutura do v\u00edrus podem ser sondados mecanicamente (fisicamente) por microscopia de for\u00e7a at\u00f4mica.<\/p>\n

Afinal, o que \u00e9 um virion<\/h2>\n

Um virion \u00e9 uma part\u00edcula viral completa que consiste em RNA ou DNA cercado por uma concha de prote\u00edna, constituindo a forma infectante de um v\u00edrus.<\/p>\n

Provavelmente a estrutura de virion mais estudada \u00e9 a do bacteri\u00f3fago<\/strong><\/a>. Veja a imagem abaixo.<\/p>\n

\"estrutura<\/p>\n

Leitura sugerida<\/h2>\n