{"id":9658,"date":"2020-05-03T22:35:17","date_gmt":"2020-05-04T01:35:17","guid":{"rendered":"https:\/\/planetabiologia.com\/?p=9658"},"modified":"2022-11-24T00:38:11","modified_gmt":"2022-11-24T00:38:11","slug":"o-que-e-glicogenio-metabolismo-sintese-estrutura","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-glicogenio-metabolismo-sintese-estrutura\/","title":{"rendered":"O que \u00e9 Glicog\u00eanio: metabolismo, s\u00edntese, estrutura"},"content":{"rendered":"<p>Os animais precisam armazenar energia que esteja dispon\u00edvel rapidamente, para isso, o nosso organismo metaboliza e armazena um polissacar\u00eddeo chamado de glicog\u00eanio<\/p>\n<p>Estruturalmente, o glicog\u00eanio \u00e9 um grande polissacar\u00eddeo ramificado. Quando a energia \u00e9 requerida pelo organismo, o glicog\u00eanio \u00e9 decomposto em <strong>glicose<\/strong> quando entra na via glicol\u00edtica, em pentose fosfato ou \u00e9 liberado na corrente sangu\u00ednea.<\/p>\n<p>O glicog\u00eanio tamb\u00e9m \u00e9 uma forma importante de armazenamento de glicose em fungos e bact\u00e9rias.<\/p>\n<h2>O que \u00e9 glicog\u00eanio<\/h2>\n<p><strong>Glicog\u00eanio<\/strong> \u00e9 um polissacar\u00eddeo formado por glicose e sua principal fun\u00e7\u00e3o \u00e9 servir de reserva energ\u00e9tica para c\u00e9lulas animais. Nos animais, esse polissacar\u00eddeo \u00e9 metabolizado e armazenado no f\u00edgado. Pode ser armazenado nos m\u00fasculos como glicog\u00eanio muscular.<\/p>\n<p><iframe loading=\"lazy\" src=\"https:\/\/www.youtube.com\/embed\/1S-a4fj-OU0\" width=\"560\" height=\"315\" frameborder=\"0\" allowfullscreen=\"allowfullscreen\"><\/iframe><\/p>\n<h2>Fun\u00e7\u00e3o do glicog\u00eanio<\/h2>\n<p>Em animais e humanos, esse polissacar\u00eddeo \u00e9 encontrado principalmente nas c\u00e9lulas musculares e hep\u00e1ticas.<\/p>\n<p>\u00c9 sintetizado a partir da glicose quando os n\u00edveis no sangue est\u00e3o altos e serve como uma fonte pronta para os tecidos do corpo quando os n\u00edveis de glicose no sangue diminuem.<\/p>\n<h3>C\u00e9lulas hep\u00e1ticas<\/h3>\n<p>O glicog\u00eanio comp\u00f5e 6-10% do <strong>f\u00edgado<\/strong> em peso. Quando os alimentos s\u00e3o ingeridos, os n\u00edveis de glicose no sangue aumentam e a insulina liberada no <strong>p\u00e2ncreas<\/strong> promove a capta\u00e7\u00e3o de glicose nas c\u00e9lulas do f\u00edgado.<\/p>\n<p>A <strong>insulina<\/strong> tamb\u00e9m ativa enzimas envolvidas na s\u00edntese de glicog\u00eanio, como a <strong>glicog\u00eanio sintase<\/strong>.<\/p>\n<p>Enquanto os n\u00edveis de glicose e insulina s\u00e3o suficientemente altos, as cadeias de glicog\u00eanio s\u00e3o alongadas pela adi\u00e7\u00e3o de mol\u00e9culas de glicose, um processo denominado gliconeog\u00eanese.<\/p>\n<p>\u00c0 medida que os n\u00edveis de glicose e insulina diminuem, a s\u00edntese de glicog\u00eanio cessa. Quando os n\u00edveis de glicose no sangue caem abaixo de um certo n\u00edvel, o <strong>glucagon<\/strong> liberado pelo p\u00e2ncreas sinaliza para as c\u00e9lulas do f\u00edgado para decompor o glicog\u00eanio.<\/p>\n<p>Ele ent\u00e3o \u00e9 decomposto por glicogen\u00f3lise em glicose-1-fosfato, que \u00e9 convertido em glicose e liberado na corrente sangu\u00ednea.<\/p>\n<p>Assim, o glicog\u00eanio serve como o principal amortecedor dos n\u00edveis de glicose no sangue, armazenando glicose quando os n\u00edveis est\u00e3o altos e liberando quando os n\u00edveis est\u00e3o baixos.<\/p>\n<p>A quebra de glicog\u00eanio no f\u00edgado \u00e9 fundamental para o fornecimento de glicose para atender \u00e0s necessidades energ\u00e9ticas do corpo. Al\u00e9m do glucagon, cortisol, epinefrina e norepinefrina tamb\u00e9m estimulam a degrada\u00e7\u00e3o do glicog\u00eanio.<\/p>\n<h2>Glicog\u00eanio muscular<\/h2>\n<p>Ao contr\u00e1rio das c\u00e9lulas hep\u00e1ticas, o <strong>glicog\u00eanio muscular<\/strong> \u00e9 respons\u00e1vel por apenas 1-2% do m\u00fasculo em peso.<\/p>\n<p>No entanto, dada a maior massa muscular do corpo, a quantidade total armazenada no m\u00fasculo \u00e9 maior do que a armazenada no f\u00edgado.<\/p>\n<p>O m\u00fasculo tamb\u00e9m difere do f\u00edgado, pois o glicog\u00eanio muscular fornece apenas glicose \u00e0 pr\u00f3pria c\u00e9lula muscular.<\/p>\n<p>As c\u00e9lulas musculares n\u00e3o expressam a enzima glicose-6-fosfatase, necess\u00e1ria para liberar na corrente sangu\u00ednea. A<\/p>\n<p>glicose-1-fosfato produzido a partir da quebra do glicog\u00eanio nas fibras musculares \u00e9 convertida em glicose-6-fosfato e fornece energia ao m\u00fasculo durante uma sess\u00e3o de exerc\u00edcios ou em resposta ao estresse, como na resposta de luta ou fuga.<\/p>\n<h3>Outros tecidos<\/h3>\n<p>Al\u00e9m do f\u00edgado e dos m\u00fasculos, essa macromol\u00e9cula \u00e9 encontrado em quantidades menores em outros tecidos, incluindo gl\u00f3bulos vermelhos, gl\u00f3bulos brancos, c\u00e9lulas renais e algumas c\u00e9lulas da glia.<\/p>\n<p>Al\u00e9m disso, o glicog\u00eanio \u00e9 usado para armazenar glicose no \u00fatero para suprir as necessidades energ\u00e9ticas do embri\u00e3o.<\/p>\n<h2>Estrutura de glicog\u00eanio<\/h2>\n<p>Trata-se de \u00e9 um pol\u00edmero ramificado de glicose. Esses res\u00edduos s\u00e3o ligados linearmente por liga\u00e7\u00f5es a-1,4 glicos\u00eddicas, e aproximadamente a cada dez res\u00edduos uma cadeia de res\u00edduos se ramifica atrav\u00e9s de liga\u00e7\u00f5es a-1,6 glicos\u00eddicas.<\/p>\n<p>As liga\u00e7\u00f5es \u03b1-glicos\u00eddicas d\u00e3o origem a uma estrutura polim\u00e9rica helicoidal. Essa mol\u00e9cula \u00e9 hidratada com tr\u00eas a quatro partes de \u00e1gua e forma gr\u00e2nulos no citoplasma com 10-40 nm de di\u00e2metro.<\/p>\n<p>A prote\u00edna <a href=\"https:\/\/en.wikipedia.org\/wiki\/Glycogenin\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">glicogenina<\/a>, que est\u00e1 envolvida na s\u00edntese de glicog\u00eanio, est\u00e1 localizada no n\u00facleo de cada gr\u00e2nulo. O glicog\u00eanio \u00e9 um an\u00e1logo do amido, que \u00e9 a principal forma de armazenamento de glicose na maioria das plantas, mas o amido possui menos ramifica\u00e7\u00f5es e \u00e9 menos compacto.<\/p>\n<p><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" class=\"aligncenter size-full wp-image-9663\" src=\"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-content\/uploads\/2020\/05\/Estrutura-de-glicog\u00eanio.jpg\" alt=\"liga\u00e7\u00f5es \u03b1-1,6 no glicog\u00eanio\" width=\"280\" height=\"450\" srcset=\"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-content\/uploads\/2020\/05\/Estrutura-de-glicog\u00eanio.jpg 280w, https:\/\/planetabiologia.com\/wp-content\/uploads\/2020\/05\/Estrutura-de-glicog\u00eanio-187x300.jpg 187w\" sizes=\"(max-width: 280px) 100vw, 280px\" \/><\/p>\n<p>Esta figura mostra a estrutura do glicog\u00eanio. C\u00edrculos verdes representam liga\u00e7\u00f5es \u03b1-1,6 nos pontos de ramifica\u00e7\u00e3o e c\u00edrculos vermelhos representam as extremidades n\u00e3o redutoras da cadeia.<\/p>\n<h2>Metabolismo do glicog\u00eanio<\/h2>\n<p>O <strong><a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-metabolismo-energetico\/\">metabolismo<\/a><\/strong> do glicog\u00eanio \u00e9 um processo altamente regulado que permite ao corpo armazenar ou liberar glicose, dependendo de suas necessidades energ\u00e9ticas.<\/p>\n<p>As etapas b\u00e1sicas no metabolismo da glicose s\u00e3o a <strong>glicog\u00eanese<\/strong> ou s\u00edntese de glicog\u00eanio e a <strong>glicogen\u00f3lise<\/strong> ou a degrada\u00e7\u00e3o do glicog\u00eanio.<\/p>\n<h3>Glicog\u00eanese<\/h3>\n<p>A <strong>s\u00edntese de glicog\u00eanio<\/strong> requer energia, que \u00e9 fornecida pelo <strong>trifosfato de uridina<\/strong> (UTP).<\/p>\n<p>As hexoquinases ou glucocinase primeiro fosforilam a glicose livre para formar glicose-6-fosfato, que \u00e9 convertida em glicose-1-fosfato pela <a href=\"https:\/\/pt.wikipedia.org\/wiki\/Fosfoglicomutase\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">fosfoglucomutase<\/a>.<\/p>\n<p>A uridililtransferase de UTP-glicose-1-fosfato catalisa a ativa\u00e7\u00e3o da glicose, na qual a UTP e a glicose-1-fosfato reagem para formar a UDP-glicose.<\/p>\n<p>Na <i>s\u00edntese de novo de<\/i> glicog\u00eanio, a prote\u00edna glicogenina catalisa a liga\u00e7\u00e3o da UDP-glicose a si mesma. A glicogenina \u00e9 um homod\u00edmero contendo um res\u00edduo de tirosina em cada subunidade que serve como ponto de ancoragem ou liga\u00e7\u00e3o \u00e0 glicose.<\/p>\n<p>Mol\u00e9culas de glicose adicionais s\u00e3o subsequentemente adicionadas \u00e0 extremidade redutora da mol\u00e9cula de glicose anterior para formar uma cadeia de aproximadamente oito mol\u00e9culas.<\/p>\n<p>O glicog\u00eanio sintase ent\u00e3o estende a cadeia adicionando glicose atrav\u00e9s de liga\u00e7\u00f5es \u03b1-1,4 glicos\u00eddicas.<\/p>\n<p>A ramifica\u00e7\u00e3o \u00e9 catalisada pela amilo- (1,4 a 1,6) -transglucosidase, tamb\u00e9m chamada enzima de ramifica\u00e7\u00e3o do glicog\u00eanio.<\/p>\n<p>A enzima ramificadora de glicog\u00eanio transfere um fragmento de seis a sete mol\u00e9culas de glicose do final de uma cadeia para o C6 de uma mol\u00e9cula de glicose localizada ainda mais dentro da mol\u00e9cula de glicog\u00eanio, formando liga\u00e7\u00f5es \u03b1-1,6 glicos\u00eddicas.<\/p>\n<h3>Glicogen\u00f3lise<\/h3>\n<p>A glicose \u00e9 removida do glicog\u00eanio pelo <strong>glicog\u00eanio fosforilase<\/strong>, que remove uma mol\u00e9cula de glicose da extremidade n\u00e3o redutora, produzindo glicose-1-fosfato.<\/p>\n<p>Essa mol\u00e9cula pela quebra do glicog\u00eanio \u00e9 convertida em glicose-6-fosfato, um processo que requer a enzima <strong>fosfoglucomutase<\/strong>.<\/p>\n<p>A fosfoglucomutase transfere um grupo fosfato de um res\u00edduo de serina fosforilada no local ativo para C6 de glicose-1-fosfato, produzindo glicose-1,6-bifosfato. O fosfato do C1 \u00e9 ent\u00e3o ligado ao local ativo da serina na fosfoglucomutase e a glicose-6-fosfato \u00e9 liberada.<\/p>\n<p>O glicog\u00eanio fosforilase n\u00e3o \u00e9 capaz de clivar a glicose dos pontos de ramifica\u00e7\u00e3o; a remo\u00e7\u00e3o de ramifica\u00e7\u00e3o requer amilo-1,6-glucosidase, 4-\u03b1-glucanotransferase ou enzima de remo\u00e7\u00e3o de glicog\u00eanio (GDE), que possui atividades de glucotransferase e glucosidase.<\/p>\n<p>Cerca de quatro res\u00edduos de um ponto de ramifica\u00e7\u00e3o, a glicog\u00eanio fosforilase \u00e9 incapaz de remover res\u00edduos de glicose.<\/p>\n<p>O GDE cliva os tr\u00eas res\u00edduos finais de um ramo e os anexa ao C4 de uma mol\u00e9cula de glicose no final de um ramo diferente e remove o res\u00edduo de glicose final ligado a 1,6 a partir do ponto de ramifica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n<p>A glicose ligada ao \u03b1-1,6 n\u00e3o \u00e9 removida pelo GDE\u00a0 do ponto de ramifica\u00e7\u00e3o fosforicamente, o que significa que a glicose livre \u00e9 liberada.<\/p>\n<p>Essa glicose livre poderia, em teoria, ser liberada do m\u00fasculo para a corrente sangu\u00ednea sem a a\u00e7\u00e3o da glicose-6-fosfatase; no entanto, esta mol\u00e9cula livre \u00e9 rapidamente fosforilada pela <a href=\"http:\/\/www.lbqp.unb.br\/bioq\/htm\/biomoleculas\/enzimas\/2-7-1-1.HTM\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\"><strong>hexoquinase<\/strong><\/a>,<\/p>\n<p>A glicose-6-fosfato resultante da quebra do glicog\u00eanio pode ser convertida em glicose pela a\u00e7\u00e3o da glicose-6-fosfatase e liberada na corrente sangu\u00ednea.<\/p>\n<p>Isso ocorre no f\u00edgado, intestino e rim, mas n\u00e3o no m\u00fasculo, onde esta enzima est\u00e1 ausente<\/p>\n<p>No m\u00fasculo, a glicose-6-fosfato entra na via glicol\u00edtica e fornece energia para a c\u00e9lula. A glicose-6-fosfato tamb\u00e9m pode entrar na via da pentose fosfato, resultando na produ\u00e7\u00e3o de NADPH e cinco a\u00e7\u00facares de carbono.<\/p>\n<h2>Atividades f\u00edsicas de resist\u00eancia e esgotamento<\/h2>\n<p>No exerc\u00edcio de resist\u00eancia, os atletas podem sofrer deple\u00e7\u00e3o, na qual a maior parte do glicog\u00eanio \u00e9 esgotada do m\u00fasculo.<\/p>\n<p>Isso pode resultar em fadiga severa e dificuldade de movimenta\u00e7\u00e3o. A deple\u00e7\u00e3o pode ser mitigada pelo consumo cont\u00ednuo de <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-carboidrato\/\"><strong>carboidratos<\/strong><\/a> com um alto \u00edndice glic\u00eamico durante o exerc\u00edcio, que substituir\u00e1 parte da glicose utilizada durante o exerc\u00edcio.<\/p>\n<p>Regimes especializados de exerc\u00edcios tamb\u00e9m podem ser empregados para condicionar os m\u00fasculos a utilizar <strong>\u00e1cidos graxos<\/strong> como fonte de energia a uma taxa maior, quebrando assim menos glicog\u00eanio.<\/p>\n<p>Os atletas tamb\u00e9m podem usar a carga de carboidratos, o consumo de grandes quantidades de carboidratos, para aumentar a capacidade de armazenamento de glicog\u00eanio.<\/p>\n<h2>O glicog\u00eanio em Fungos e bact\u00e9rias<\/h2>\n<p>Os micro-organismos possuem mecanismos para armazenar energia para lidar com recursos ambientais limitados, e o glicog\u00eanio representa a principal forma de armazenamento de energia.<\/p>\n<p>A limita\u00e7\u00e3o de nutrientes (baixos n\u00edveis de <a href=\"https:\/\/planetabiologia.com\/carbono-vida-importancia\/\">carbono<\/a>, f\u00f3sforo, nitrog\u00eanio ou enxofre) pode estimular a forma\u00e7\u00e3o de glicog\u00eanio em leveduras, enquanto as <a href=\"\/reino-monera-as-bacterias-e-cianobacterias-caracteristicas\/\"><strong>bact\u00e9rias<\/strong><\/a> sintetizam em resposta a fontes de energia de carbono prontamente dispon\u00edveis com limita\u00e7\u00e3o de outros nutrientes.<\/p>\n<p>O crescimento bacteriano e a esporula\u00e7\u00e3o de leveduras tamb\u00e9m foram associados ao ac\u00famulo de glicog\u00eanio.<\/p>\n<h2>Exemplos de doen\u00e7as ligadas ao armazenamento energ\u00e9tico<\/h2>\n<p>Existem duas categorias principais de doen\u00e7as de armazenamento de glicog\u00eanio: as resultantes da homeostase defeituosa no f\u00edgado e as resultantes da homeostase defeituosa do glicog\u00eanio muscular.<\/p>\n<p>As doen\u00e7as resultantes do armazenamento defeituoso de glicog\u00eanio no f\u00edgado geralmente causam <a href=\"https:\/\/www.abc.med.br\/p\/sinais.-sintomas-e-doencas\/1264954\/hepatomegalia+conceito+causas+sintomas+diagnostico+tratamento+prevencao+complicacoes+possiveis.htm\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">hepatomegalia<\/a> (f\u00edgado aumentado), <strong>hipoglicemia<\/strong> e cirrose (cicatrizes no f\u00edgado).<\/p>\n<p>As doen\u00e7as resultantes do armazenamento defeituoso de glicog\u00eanio muscular geralmente causam miopatias e comprometimento metab\u00f3lico.<\/p>\n<p>Exemplos dessas doen\u00e7as incluem a doen\u00e7a de Pompe, a doen\u00e7a de McArdle e a doen\u00e7a de Andersen.<\/p>\n<h3>Doen\u00e7a de Pompe<\/h3>\n<p>A <a href=\"http:\/\/www2.ebserh.gov.br\/web\/hu-ufjf\/doenca-de-pompe\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">doen\u00e7a de Pompe<\/a> \u00e9 causada por muta\u00e7\u00f5es no gene <i>GAA<\/i> , que codifica a \u03b1-glucosidase do \u00e1cido lisoss\u00f4mico, tamb\u00e9m conhecida como maltase \u00e1cida, e afeta os m\u00fasculos esquel\u00e9tico e card\u00edaco.<\/p>\n<p>A maltase \u00e1cida est\u00e1 envolvida na quebra do glicog\u00eanio, e muta\u00e7\u00f5es causadoras de doen\u00e7as resultam no ac\u00famulo prejudicial dessa mol\u00e9cula na c\u00e9lula.<\/p>\n<p>Existem tr\u00eas tipos de doen\u00e7a de Pompe: a forma adulta, a juvenil e a infantil, que s\u00e3o progressivamente mais graves. A forma infantil leva \u00e0 morte de um a dois anos de idade, se n\u00e3o for tratada.<\/p>\n<h3>Doen\u00e7a de McArdle<\/h3>\n<p>A <a href=\"http:\/\/anatpat.unicamp.br\/bimacardle.html\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">doen\u00e7a de McArdle<\/a> \u00e9 causada por muta\u00e7\u00f5es no gene <i>PYGM,<\/i>\u00a0que codifica a miofosforilase.<\/p>\n<p>Os sintomas s\u00e3o frequentemente observados em crian\u00e7as, mas a doen\u00e7a pode n\u00e3o ser diagnosticada at\u00e9 a idade adulta.<\/p>\n<p>Os sintomas incluem dor muscular e fadiga, e a doen\u00e7a pode ser fatal se n\u00e3o for tratada adequadamente.<\/p>\n<h3>Doen\u00e7a de Andersen<\/h3>\n<p>A doen\u00e7a de Andersen \u00e9 causada por uma muta\u00e7\u00e3o no gene <i>GBE1,<\/i>\u00a0que codifica a enzima ramifica\u00e7\u00e3o do glicog\u00eanio e afeta o m\u00fasculo e o f\u00edgado.<\/p>\n<p>Os sintomas geralmente s\u00e3o observados aos poucos meses de idade e incluem crescimento atrofiado, aumento do f\u00edgado e cirrose. As complica\u00e7\u00f5es da doen\u00e7a podem ser fatais.<\/p>\n<hr \/>\n<h2>Exerc\u00edcios e Question\u00e1rio<\/h2>\n<ol>\n<li><b> Qual melhor descreve a fun\u00e7\u00e3o do glicog\u00eanio?<\/b><\/li>\n<\/ol>\n<ul>\n<li><b><\/b>A &#8211; Fornece suporte estrutural \u00e0s c\u00e9lulas musculares<\/li>\n<li><b><\/b>B &#8211; Um fator de transcri\u00e7\u00e3o que regula a diferencia\u00e7\u00e3o celular<\/li>\n<li><b><\/b>C &#8211; Armazena glicose nas plantas<\/li>\n<li><b><\/b>D &#8211; Protege os n\u00edveis de glicose no sangue e serve como fonte de energia prontamente mobilizada<\/li>\n<\/ul>\n<p><b>Resposta \u00e0 pergunta n\u00ba 1<\/b><\/p>\n<p><strong>D<\/strong>\u00a0est\u00e1 correto.<\/p>\n<p>O glicog\u00eanio \u00e9 a principal forma de armazenamento de glicose em animais e seres humanos. Essa mol\u00e9cula \u00e9 sintetizada quando os n\u00edveis de glicose no sangue est\u00e3o altas e quebrada quando os n\u00edveis no sangue est\u00e3o baixos, tornando-o um importante marcador para medir a glicemia no sangue.<\/p>\n<hr \/>\n<ol start=\"2\">\n<li><b> Qual \u00e9 o principal <\/b><b>horm\u00f4nio<\/b><b> que estimula a degrada\u00e7\u00e3o do glicog\u00eanio?<\/b><\/li>\n<\/ol>\n<ul>\n<li><b><\/b>A &#8211; Glucagon<\/li>\n<li><b><\/b>B &#8211; Tire\u00f3ide<\/li>\n<li><b><\/b>C &#8211; Insulina<\/li>\n<li><b><\/b>D &#8211; Estrog\u00eanio<\/li>\n<\/ul>\n<p><b>Resposta \u00e0 Pergunta 2<\/b><\/p>\n<p><strong>A<\/strong>\u00a0est\u00e1 correto.<\/p>\n<p>O glucagon, produzido em resposta ao baixo n\u00edvel de a\u00e7\u00facar no sangue, estimula a degrada\u00e7\u00e3o. A insulina, produzida em resposta ao alto n\u00edvel de a\u00e7\u00facar no sangue.<\/p>\n<hr \/>\n<ol start=\"3\">\n<li><b> Quais s\u00e3o os destinos poss\u00edveis da glicose-1-fosfato produzido pela glicogen\u00f3lise?<\/b><\/li>\n<\/ol>\n<ul>\n<li><b><\/b>A &#8211; Convers\u00e3o em glicose-6-fosfato seguida de entrada na via glicol\u00edtica<\/li>\n<li><b><\/b>B &#8211; Convers\u00e3o em glicose-6-fosfato seguida de entrada na via de pentose fosfato<\/li>\n<li><b><\/b>C &#8211; Convers\u00e3o em glicose seguida de libera\u00e7\u00e3o na corrente sangu\u00ednea<\/li>\n<li><b><\/b>D &#8211; Todas as alternativas acima<\/li>\n<\/ul>\n<p><b>Resposta \u00e0 Pergunta # 3<\/b><\/p>\n<p><strong>D<\/strong> est\u00e1 correto.<\/p>\n<p>Nas c\u00e9lulas musculares, a glicose-1-fosfato \u00e9 convertida em glicose-6-fosfato pela fosfoglucomutase, ap\u00f3s a qual pode entrar nas vias glicol\u00edtica ou pentose de fosfato.<\/p>\n<p>Nas c\u00e9lulas hep\u00e1ticas, a glicose-6-fosfato \u00e9 convertida pela glicose-6-fosfatase e liberada na corrente sangu\u00ednea.<\/p>\n<hr \/>\n<h2>Leitura sugerida<\/h2>\n<ul>\n<li class=\"post-title entry-title\"><a href=\"\/o-que-e-glicoproteina\/\">O que \u00e9 glicoprote\u00edna: fun\u00e7\u00e3o, estrutura<\/a><\/li>\n<li class=\"post-title entry-title\"><a href=\"\/respiracao-celular\/\">Respira\u00e7\u00e3o Celular: aer\u00f3bica, anaer\u00f3bica, etapas \u2013 Resumo<\/a><\/li>\n<li class=\"post-title entry-title\"><a href=\"\/o-que-e-atp-adenosina-trifosfato\/\">O que \u00e9 ATP \u2013 Adenosina trifosfato<\/a><\/li>\n<li><a href=\"\/a-composicao-quimica-da-celula\/\">Composi\u00e7\u00e3o qu\u00edmica das c\u00e9lulas<\/a><\/li>\n<li><a href=\"\/sistema-digestorio-funcao-anatomia-humano-resumo\/\">Sistema digest\u00f3rio<\/a><\/li>\n<\/ul>\n<p>Voc\u00ea sabia que tem bastante gente que envia posts, artigos, ou algo qualquer texto relacionado a ci\u00eancias, educa\u00e7\u00e3o ou biologia? Voc\u00ea gostaria de participar? Entre em contato.<\/p>\n<p>Se voc\u00ea encontrar algo indevido nos textos, nas imagens, v\u00eddeos que recebemos, por favor, relate nos coment\u00e1rios que assim que puder ser\u00e1 feita uma revis\u00e3o.<\/p>\n<h2>Refer\u00eancias<\/h2>\n<ul>\n<li>LIMA-SILVA, Adriano Eduardo et al. Metabolismo do glicog\u00eanio muscular durante o exerc\u00edcio f\u00edsico: mecanismos de regula\u00e7\u00e3o.\u00a0<b>Revista de Nutri\u00e7\u00e3o<\/b>, v. 20, n. 4, p. 417-429, 2007. &#8211; <a href=\"https:\/\/www.scielo.br\/scielo.php?pid=S1415-52732007000400009&amp;script=sci_arttext\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">Link<\/a><\/li>\n<li><i>Eicke, S., Seung, D., Egli, B., Devers, EA e Streb, S. (2017) \u201cAumentando a capacidade de armazenamento de carboidratos das plantas, criando um pool de pol\u00edmeros do tipo moleculares no <\/i><i>citosol.<\/i><i>\u201d Engenharia metab\u00f3lica. 40: 23-32.<\/i><\/li>\n<li><i>Hargreaves, M. e Richter, EA (1988) &#8220;Regula\u00e7\u00e3o da glicogen\u00f3lise do <\/i><i>m\u00fasculo esquel\u00e9tico<\/i><i> durante o exerc\u00edcio&#8221;. Jornal Canadense de Ci\u00eancias do Esporte. 13 (4): 197-203.<\/i><\/li>\n<li><i>Ivy, JL (1991). &#8220;S\u00edntese de glicog\u00eanio muscular antes e ap\u00f3s o exerc\u00edcio.&#8221; Medicina Esportiva. 11 (1): 6-19.<\/i><\/li>\n<\/ul>\n<p>Fonte<\/p>\n<ul>\n<li><a href=\"https:\/\/biologydictionary.net\/glycogen\/\" target=\"_blank\" rel=\"noopener noreferrer\">https:\/\/biologydictionary.net\/glycogen\/<\/a><\/li>\n<\/ul>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<p>O glicog\u00eanio \u00e9 a mol\u00e9cula de reserva energ\u00e9tica usada pelas c\u00e9lulas animais. \u00c9 um polissacar\u00eddeo formada por v\u00e1rias mol\u00e9culas glicose. Pode ser armazenado tanto no f\u00edgado quanto nos m\u00fasculos<\/p>\n","protected":false},"author":8,"featured_media":9662,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[50,38],"tags":[3],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9658"}],"collection":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/8"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=9658"}],"version-history":[{"count":6,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9658\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":15442,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/9658\/revisions\/15442"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media\/9662"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=9658"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=9658"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/planetabiologia.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=9658"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}