{"id":9680,"date":"2022-05-04T20:43:33","date_gmt":"2022-05-04T20:43:33","guid":{"rendered":"https:\/\/planetabiologia.com\/?p=9680"},"modified":"2022-11-24T00:39:18","modified_gmt":"2022-11-24T00:39:18","slug":"o-que-e-envelope-viral","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/planetabiologia.com\/o-que-e-envelope-viral\/","title":{"rendered":"O que \u00e9 envelope viral: fun\u00e7\u00e3o, estrutura da capsula viral"},"content":{"rendered":"

O envelope viral \u00e9 uma estrutura presente na parte externa da maioria dos v\u00edrus, \u00e9 formada principalmente glicoprote\u00edna, glicolip\u00eddeos e fosfolip\u00eddeos. Muitos tipos de v\u00edrus possuem um envelope viral de glicoprote\u00ednas<\/strong><\/a> ao redor do nucleocaps\u00eddeo<\/strong><\/a>.<\/p>\n

O envelope \u00e9 composto de duas camadas lip\u00eddicas intercaladas com mol\u00e9culas de prote\u00edna (bicamada de lipoprote\u00ednas) e pode conter material da membrana de uma c\u00e9lula hospedeira da qual o v\u00edrus saiu.<\/p>\n

O v\u00edrus<\/strong><\/a> obt\u00e9m as mol\u00e9culas lip\u00eddicas da membrana celular durante o processo de brotamento viral<\/strong>.<\/p>\n

No entanto, o v\u00edrus substitui as prote\u00ednas da membrana celular<\/strong><\/a> por suas pr\u00f3prias prote\u00ednas, criando uma estrutura h\u00edbrida de lip\u00eddios derivados das c\u00e9lulas hospedeira e prote\u00ednas derivadas de v\u00edrus.<\/p>\n

Estrutura do envelope viral<\/h2>\n

Muitos v\u00edrus tamb\u00e9m desenvolvem espiculas feitas de glicoprote\u00edna em seus envelopes que os ajudam a se fixar a superf\u00edcies celulares espec\u00edficas.<\/p>\n

O envelope viral \u00e9 uma cobertura membranosa frouxa que ocorre em alguns v\u00edrus de animais, raramente v\u00edrus de plantas e bact\u00e9rias. Ao contr\u00e1rio dos v\u00edrus envelopados, aqueles que n\u00e3o tem, s\u00e3o chamados nus.<\/p>\n

As principais macromol\u00e9culas que o comp\u00f5e s\u00e3o prote\u00ednas, lip\u00eddios e carboidratos<\/strong><\/a> (da c\u00e9lula hospedeiro). Possui subunidades chamadas pepl\u00f4meros<\/strong>.<\/p>\n

A superf\u00edcie do envelope viral pode ser lisa ou ter sali\u00eancias chamadas de esp\u00edculas. V\u00edrus envelopados comuns s\u00e3o HIV, Herpes, Vaccinia, etc.<\/p>\n

Muitos v\u00edrus envelopados tamb\u00e9m cont\u00eam prote\u00ednas internas que ligam o nucleocaps\u00eddeo<\/strong> ao envelope viral.<\/p>\n

Nucleocaps\u00eddeo \u00e9 o nome do conjunto de duas estruturas fundamentais para o v\u00edrus: o caps\u00eddeo e o genoma viral<\/strong><\/a>. O caps\u00eddeo<\/strong><\/a> \u00e9 uma estrutura proteica respons\u00e1vel principalmente por proteger o \u00e1cido nucleico<\/strong><\/a> dos v\u00edrus.<\/p>\n

Eles s\u00e3o muito abundantes (ou seja, muitas c\u00f3pias por virion<\/strong><\/a>) e geralmente n\u00e3o s\u00e3o glicosilados. Alguns virions, que s\u00e3o a forma infectante, tamb\u00e9m cont\u00eam outras prote\u00ednas n\u00e3o estruturais<\/b> que s\u00e3o usadas no ciclo de replica\u00e7\u00e3o viral<\/strong>.<\/p>\n

Exemplos disso s\u00e3o as replicases<\/a>, fatores de transcri\u00e7\u00e3o, etc. Essas prote\u00ednas n\u00e3o estruturais est\u00e3o presentes em pequenas quantidades no virion.<\/p>\n

Os v\u00edrus envelopados s\u00e3o formados brotando<\/b> atrav\u00e9s das membranas celulares, geralmente a membrana plasm\u00e1tica, mas \u00e0s vezes pode adquirir seu envelope atrav\u00e9s de uma membrana interna, como um ret\u00edculo endoplasm\u00e1tico, complexo de golgiense<\/a> ou n\u00facleo.<\/p>\n

Nesses casos, a montagem dos componentes virais (genoma, caps\u00eddeo, matriz) ocorre na face interna da membrana.<\/p>\n

As glicoprote\u00ednas do envelope viral se agrupam nessa regi\u00e3o da membrana ocorrendo o brotamento.<\/p>\n

Essa capacidade de brotar permite que o v\u00edrus saia da c\u00e9lula hospedeira sem lis\u00e1-lo ou mat\u00e1-lo. Por outro lado, v\u00edrus n\u00e3o envelopados matam a c\u00e9lula hospedeira para escapar.<\/p>\n

Envelope viral usada para produ\u00e7\u00e3o de vacinas antivirais<\/h2>\n

Muitas das vacinas antivirais s\u00e3o produzidas a partir das mol\u00e9culas do envelope viral. H\u00e1 pesquisas promissoras que usam essa t\u00e9cnica para o desenvolvimento de uma vacina contra a dengue.<\/p>\n

Leitura sugerida<\/h2>\n