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A história da eletricidade e seus cientistas resumo

Hoje em dia temos uma série de benefícios e confortos graças ao trabalho de muitos cientistas, conhecidos e desconhecidos que ao longo de séculos construíram uma história que ainda está sendo escrita.

Se a eletricidade, o mundo seria completamente diferente. Ela é a base para várias outras ciências. Vamos conhecer agora a história da eletricidade e seus cientistas.

A história dos experimentos em eletricidade

No século VI a.C., o filósofo e matemático grego Tales de Mileto observou que, ao atritar um pedaço de âmbar contra a pele de um animal, o pedaço de âmbar passava a atrair para si pequenos objetos, como sementes e fios de palha.

cientistas da eletricidade
Tales de Mileto

Outra observação foi que, ao atritar dois pedaços de âmbar contra a pele de um animal, os dois pedaços de âmbar se repeliam.

Apenas no final do século XVI é que surgiram outros relatos sobre a atração elétrica, quando William Gilbert (1544-1603), médico de Elizabeth 1, rainha da Inglaterra, realizando experimentos, verificou a atração elétrica, por meio do atrito, de outros materiais, como vidro, enxofre e resinas.

No século XVíl, o prefeito da cidade de Magdeburgo (atualmente na Alemanha), Otto von Guericke (1602-1686), construiu um equipamento para estudar os fenômenos descritos por Tales de Mileto.

Otto von Guericke
Otto von Guericke

O equipamento era constituído por uma esfera de enxofre atravessada por uma barra de ferro presa a uma manivela.

O movimento da manivela fazia a esfera girar velozmente. Enquanto girava a manivela, com uma das mãos protegida por uma grossa luva, Guericke atritava a esfera.

A luva então passava a atrair alguns objetos leves e esferas de enxofre suspensas por fios.

Em outro experimento, ele também verificou que uma esfera de enxofre suspensa por um fio, depois de encostar-se à esfera do equipamento, passava a ser repelida por ela.

Embora Guericke não soubesse claramente o que era esse fenômeno, ele constatou que a eletricidade podia passar de um corpo para outro.

Em 1729, Stephen Gray (1666-1736) constatou que a eletricidade podia ser conduzida de um ponto a outro por fios.

Também fez verificações a respeito de materiais que conduziam eletricidade, como metais em geral, nomeando-os condutores. 

A história da eletricidade e seus cientistas resumo

Os materiais que não conduziam eletricidade, como vidro, borracha, seda e lã, foram chamados de isolantes.

Muitas experiências foram realizadas no século XVIII, evidenciando a atração ou a repulsão entre diversos materiais, mas a explicação dos fenômenos relacionados à eletrização só foi possível no final do século XVIII, com as observações do cientista francês Charles Du Fay (1698-1739), que descreveu a existência de dois tipos de “eletricidade” (de atração e de repulsão).

Para entender melhor a atração e repulsão, veja essa aula sobre magnetismo.

Os estudos realizados pelo cientista norte-americano Benjamin Franklin (1706-1790) também trouxeram contribuições importantes em sua teoria sobre fluidos elétricos.

Descobriu a eletricidade
Benjamin Franklin

Segundo Franklin, haveria um único “fluido elétrico” existente em equilíbrio em todos os corpos, e o excesso de fluido carregaria eletricamente um corpo com cargas positivas, enquanto a falta dele carregaria o corpo com cargas negativas.

Em 1780, Luigi Galvani, cientista italiano, realizou uma série de investigações científicas analisando as reações das pernas posteriores de rãs e descobriu que os músculos se movimentavam quando submetidos a descargas elétricas, ou seja, apresentavam características que interagiam com a eletricidade.

Galvani verificou que tal interação era originada de reações químicas. O estudo dessas reações químicas permitiu, em 1799, que Alessandro Volta, outro cientista italiano, construísse o primeiro aparelho que produziu eletricidade – a pilha voltaica, primeira fonte geradora de corrente elétrica.

Gerador de Van der Graaf

O físico norte-americano Robert Jemison Vander Graaff (1901-1967) criou em 1929 uma máquina eletrostática com base no equipamento construído por Otto von Guericke para eletrizar e proporcionar descargas elétricas (faíscas). Essa máquina ficou conhecida como gerador de Van der Graaff.

Um motor elétrico faz com que uma correia atrite uma pequena “escova” (coletor) conectada à esfera do gerador. Com isso, a esfera fica com excesso de cargas, tornando-se muito eletrizada.

Uma pessoa em contato com a esfera também fica eletrizada, o que faz com que seu cabelo fique “em pé”. Ao aproximar outros corpos da esfera, podem-se observar faíscas (descarga elétrica) entre tais corpos e a esfera.

eletrização

Aguarde que essa história ainda tem continuação. Não se esqueça de dizer o que achou dessa matéria.

Sugestões são sempre bem vidas.

Fonte

Usberco, Joao; Salvador,Edgard; Manoel Martins,José; Schechtmann,Eduardo; Ferrer,Luiz Carlos; Martin Velloso,Herick. Companhia Das Ciências. 9º An

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2 Comentários

  1. Nossa adorei o artigo, não sabia que o âmbar havia feito parte dessa historia sobre eletricidade. Por isso que age como uma barreira estática que ajuda a impedir que os parasitas escalem o animal.

  2. Todos esses cientistas tinham em comum um profundo interesse na natureza e nos fenômenos naturais.
    Eles estavam curiosos sobre como o mundo ao seu redor funcionava e buscavam explicar fenômenos elétricos observados.

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