O consumo das folhas do tabaco para usar como cigarro, teve início com os maias, há mais de 1 500 anos. Esse uso tinha caráter religioso e cerimonial.
Alguns povos da América o utilizavam como remédio, pois acreditavam que as doenças eram causadas por maus espíritos que se apoderavam dos doentes e só poderiam ser removidos pela fumaça do tabaco.
Quando conquistaram as Américas, os espanhóis tomaram contato com o tabaco e o levaram para a Europa. De início, ele foi considerado algo demoníaco, mas logo o hábito de fumá-lo se disseminou, chegando até os dias atuais.
Devido a grandes investimentos em propaganda por parte das indústrias do tabaco, o cigarro teve sua imagem ligada ao sucesso e ao poder, criando uma legião de dependentes.
Segundo um dos estudos mais amplos feitos no Brasil, conduzido pela equipe de pesquisa em drogas da Universidade Federal de São Paulo, 20,8% da população brasileira é dependente do tabaco. Ainda segundo esse estudo, o consumo de cigarro começa por volta dos 13 anos de idade.
A maioria dos jovens começa a fumar por curiosidade, com amigos, por achar que não se tornará dependente. No início, o jovem fuma de vez em quando, mas um dia percebe que isso não é suficiente e torna-se dependente do cigarro.
A nicotina, responsável pela sensação de prazer, é a causadora da dependência, chegando ao cérebro aproximadamente 8 segundos depois de inalada.
Entre 50% e 60% daqueles que experimentam cigarro tornam-se dependentes. Um dos fatores que favorecem a dependência é o fácil acesso ao cigarro. Além disso, há no Brasil um enorme desrespeito à lei que proíbe a venda de cigarros a menores de 18 anos.
Os danos à saúde causados pelo tabagismo são muitos. Só na fumaça do cigarro há mais de 4 700 substâncias tóxicas conhecidas, sendo que cerca de 60 são cancerígenas. Estima-se que o cigarro provoque 80% dos casos de câncer de pulmão.
No Brasil morrem 200 000 pessoas por ano por causa do tabaco. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o tabagismo matou 100 milhões de pessoas no século XX.
O que é ainda mais assustador é a estimativa de que, no século XXI, esse número chegará a 1 bilhão de pessoas. Felizmente, aumentam no mundo toda as campanhas contra o tabagismo, e as restrições ao ato de fumar em locais públicos são cada vez maiores.
Além de prejudicial à própria saúde do fumante, o cigarro pode afetar as pessoas ao seu redor, os chamados fumantes passivos. Fumante passivo é a pessoa que, embora não consuma o cigarro, fica exposta à sua fumaça, por ter fumantes ao seu redor, tornando-se suscetível aos malefícios que o fumo causa.