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Adaptações dos répteis ao ambiente terrestre

As adaptações dos répteis ao ambiente terrestre tornaram esses animais a viverem nos mais diversos tipos de climas. Inclusive em ambientes terrestres.

Essas adaptações são tanto de natureza anatômica quanto fisiológica. Veremos alguns detalhes dessas mudanças que permitiram os répteis serem os primeiros vertebrados a terem de fato uma maior independência em relação à água. Veja ante um vídeo com algumas características desses animais.

Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre, mesmo vivendo sempre próximos da água, porque dependem dela, principalmente para se reproduzir.

Apesar dessa dependência, os anfíbios foram os únicos craniados que habitaram o ambiente terrestre durante um longo período, até cederem espaço para outro grupo mais bem-adaptado: os répteis.

Se você está fazendo um trabalho para a escola ou estudando para vestibular, concurso ou Enem, veja a aula Répteis – Características, classificação e exemplos.

Ao estudar a história evolutiva dos répteis, percebemos que eles sobreviveram no ambiente terrestre devido a algumas adaptações à baixa umidade, ao calor e à reprodução independente da água.

Adaptações dos répteis ao ambiente terrestre

O nome répteis (do latim reptare = rastejar) é uma referência à maneira de se locomover desses animais, arrastando-se pelo chão. No entanto, se você conhece um pouco sobre alguns desses animais, já deve ter reparado que nem todos rastejam.

Alguns podem andar e nadar, como os crocodilos e as tartarugas, outros planam no ar, saltando de uma árvore para o chão, como algumas espécies de lagarto.

Os répteis, além de terem pulmões bastante eficientes para as trocas gasosas em meio aéreo, têm a pele revestida por uma camada grossa de proteína chamada queratina. Esse revestimento torna a pele impermeável, diminuindo bastante a perda de água para o ambiente, por evaporação.

Principais adaptações dos répteis ao ambiente terrestre

Uma das principais características que permitiram aos répteis obter sucesso no ambiente terrestre foi o surgimento de ovos revestidos por uma casca porosa.

Essa casca é formada principalmente por uma substância conhecida por carbonato de cálcio, que protege o embrião da perda de água e, por ser porosa, permite as trocas gasosas com o ambiente.

No interior dos ovos dos répteis, encontra-se uma bolsa chamada saco vitelínicoque contém grande quantidade de nutrientes, o vitelo, e constitui a gema dos ovos. Os nutrientes do vitelo são usados para garantir o desenvolvimento do embrião.

Placenta Alantóide saco vitelinico placenta

Por estarem isolados dentro dos ovos com casca, com pouco contato com o meio externo, os embriões dos répteis apresentam estruturas para realizar as trocas gasosas com o ambiente, a eliminação das excretas e outras funções necessárias ao seu desenvolvimento.

Em terra firme, o encontro dos gametas acontece por meio da fecundação interna, isto é, o encontro dos gametas masculino e feminino se dá dentro do corpo da fêmea e não mais na água, como na maioria dos anfíbios.

Outra diferença em relação aos anfíbios é que os embriões de répteis não passam pela fase larval. Seu desenvolvimento é direto, ou seja, os embriões se desenvolvem originando um ser semelhante a um adulto da mesma espécie.

A temperatura do corpo dos répteis é variável. Répteis passam certo tempo se aquecendo ao sol ou se refrescando à sombra ou dentro da água em dias muito quentes.

A expressão “sangue-frio” não é apropriada para se referir aos anfíbios, à maioria dos peixes e aos répteis. Em dias quentes e expostos ao sol, os répteis certamente ficam com o “sangue quente”.

Como animais ectotérmicos (do grego ektós = de fora; thermo = calor), eles regulam a temperatura utilizando uma fonte externa de calor. Na natureza, eles se comportam buscando a luz solar ou a sombra para regulara temperatura do corpo.

Já as aves e os mamíferos são animais endotérmicos (do grego endon = dentro), isto é, dependem do metabolismo do organismo para gerar o calor necessário para manter a temperatura do seu corpo.

E a energia para isso vem dos alimentos que ingerem. Animais endotérmicos dependem de grande quantidade de energia para regular sua temperatura, é por isso que as aves e os mamíferos precisam se alimentar com maior frequência do que os répteis.

Leitura sugerida

Bibliografia

  • Benton, Michael J. (2015). Vertebrate Paleontology. [S.l.]: Oxford: Blackwell Science Ltd. (4ª edição).
  • Cracraft, Joel; Donoghue, Michael J., eds. (2004). Assembling the Tree of Life. [S.l.]: Oxford University Press
  • Welbourne, Dustin. «There’s no such thing as reptiles any more – and here’s why». The Conversation (em inglês). Consultado em 21 de junho de 2019

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