O que é Fecundação – como e onde ocorre
A fecundação é a fusão de um óvulo feminino com um espermatozoide masculino. Os óvulos e os espermatozoides são gametas. Esta fertilização ocorre durante a fase de ovulação. Durante a ovulação, um óvulo maduro salta de um ovário para as tubas uterinas.
A diminuição da produção dos hormônios femininos no final do ciclo menstrual, em especial da progesterona, é um evento importante, que tem consequências imediatas para o endométrio, como veremos a seguir. A existência de espermatozoides maduros e de ovócitos é muito breve e sua união é a única chance de se manterem vivos.
Para isso, no entanto, é necessário que haja fecundação, ou seja, que os núcleos haploides dos dois gametas se unam, formando o núcleo diploide do zigoto.
Abaixo um único espermatozoide penetra o ovócito e ocorre a fecundação: a meiose II do ovócito se completa e os núcleos haploides do óvulo e do espermatozoide se unem, formando a célula-ovo.
Onde ocorre a fecundação
Na espécie humana, assim como em todos os mamíferos, a fertilização é tipicamente interna, ou seja, ocorre dentro do sistema reprodutor feminino, nas tubas uterinas.
Envolve uma série de processos em que os gametas dos dois sexos sofrem transformações para permitir sua fusão.
A fecundação: o caso humano
A fecundação de mamíferos foi estudada em grande detalhe a partir da segunda metade do século XX. Até então, muito do que se pensava sobre o tema provinha de analogias com observações de processos em animais com fecundação externa, principalmente no ouriço-do-mar.
O estudo minucioso da fecundação em mamíferos revelou numerosas particularidades e, em especial para a espécie humana, trouxe importantes impactos médicos.
Dos cerca de 300 milhões de espermatozoides liberados no ato sexual, apenas cerca de 200 chegam à ampola da tuba uterina, local onde pode ocorrer a fecundação.
Caso ocorra o encontro com o ovócito, o espermatozoide deve atravessar a camada de células da granulosa que o envolvem. Logo após, deve adentrar um envoltório gelatinoso denominado zona pelúcida.
O espermatozoide lança enzimas que abrem caminho na zona pelúcida. Embora muitos espermatozoides possam se ligar à zona pelúcida, apenas um deles consegue penetrar no ovócito.
Caso mais do que um espermatozoide realize essa tarefa (o que é muito raro), caracteriza-se uma situação anômala denominada poliespermia.
O resultado é a desorganização da distribuição dos cromossomos na primeira divisão mitótica, paralisando-a. Assim, o óvulo fecundado não progride e é eliminado na menstruação, sem que a mulher sequer perceba a ocorrência da fecundação.
Assim que ocorre a fusão do espermatozoide com o ovócito, as membranas celulares se unem e isso causa uma reação em cadeia na zona pelúcida. Ela se torna resistente às enzimas dos demais espermatozoides, o que impede a poliespermia.
No caso humano, para que a fecundação se complete, é necessário que um espermatozoide penetre no citoplasma do ovócito.
O gameta feminino não possui centríolos, cruciais para a mitose. Na fecundação, o espermatozoide humano não contribui apenas com seu DNA, pois penetra inteiro no citoplasma do ovócito.
Na região do pescoço do espermatozoide há dois centríolos, que originam um centrossomo. Este é replicado e auxilia na organização do primeiro fuso mitótico no zigoto.
Resumo
1. A fecundação pode resultar em gravidez se a produção de progesterona for mantida, o que pode ser alcançado com a produção de outro hormônio, a gonadotropina coriônica humana (HCG).
2. Na fecundação humana, um espermatozoide penetra inteiramente no ovócito e seus centríolos se duplicam, organizando o fuso mitótico da divisão celular do zigoto.
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Referências Bibliográficas
DOS SANTOS, Ana Paula Oliveira; HEERDT, Bettina. Unidade Didática: a visibilidade do ovócito no processo de fecundação humana. Experiências em Ensino de Ciências, v. 14, n. 2, p. 152-168, 2019.
