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Bioma Mata Atlântica

O Bioma Mata Atlântica ocupava, originalmente, 1.306.421 km2 do território brasileiro, distribuindo-se desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte, sobre as planícies litorâneas, regiões montanhosas na região leste e parte do planalto no interior do país. Hoje, resta apenas 7% sua área original.

Por causa da distribuição do bioma ao longo de diferentes *latitudes e altitudes (veja o mapa da página 33), o clima não é homogêneo. Acompanhe o vídeo abaixo.

Podemos dizer que as características climáticas predominantes são a umidade, com média de precipitação de 2 000 mm por ano, e as temperaturas amenas, entre 14 °C e 21 °C, podendo atingir temperaturas negativas nas grandes altitudes e temperaturas mais altas nas baixas latitudes.

Vegetação da Mata Atlântica

O bioma Mata Atlântica compreende um conjunto de ecossistemas com variados tipos de vegetação. Veja o original aqui

A denominação floresta tropical atlântica abrange vários tipos de formação florestal, caracterizados por árvores de alturas diversas, as mais altas com 35 metros, que formam um dossel mais baixo e irregular que o da Floresta Amazônica.

Algumas espécies de árvores da floresta atlântica perdem as folhas no inverno, mas a maioria permanece verde o ano inteiro. Pequenas árvores e grande variedade de arbustos crescem à sombra do dossel e formam o sub-bosque da floresta, onde as epífitas são abundantes.

Bioma mata atlântica

Destacam-se nesse bioma a Mata de Araucárias e os Campos de Altitude. Na Mata de Araucárias predomina o pinheiro-do-paraná ou araucária, uma árvore que pode chegar a 50 metros de altura.

Nessa mata, as araucárias formam o dossel que sombreia o sub-bosque da floresta, onde ocorre uma complexa e grande variedade de espécies arbóreas e arbustivas.

Veja os principais Biomas Brasileiros.

Os Campos de Altitude ocorrem nas áreas pedregosas dos topos das serras das Regiões Sul e Sudeste do país, onde predominam vegetação herbácea (plantas de caule macio) e arbustos.

Biodiversidade

O bioma Mata Atlântica apresenta a maior biodiversidade entre os biomas brasileiros e uma das maiores do mundo. É, no entanto, o bioma mais devastado do território nacional, e estima-se que muitas espécies foram extintas antes mesmo de terem sido descritas cientificamente.

Apesar disso, novas espécies da Mata Atlântica são identificadas constantemente. Sabe–se que hoje existem cerca de 260 espécies sob risco de extinção.

Ameaças ao bioma Mata Atlântica

A Mata Atlântica é o bioma brasileiro mais alterado pelas atividades humanas. A história de sua destruição remonta à época da extração do pau-brasil por portugueses, franceses e holandeses, no período da colonização do Brasil.

Hoje, 70% da população e os principais complexos industriais do país encontram-se em área originalmente ocupada pela Mata Atlântica, e resta apenas 7% de sua cobertura original

Devastação do bioma mata atlantica

Os remanescentes do bioma Mata Atlântica, já muito reduzidos em relação à mata original, correm o risco de desaparecer totalmente.

Uma das principais ameaças ao bioma é a falta de planejamento urbano que valorize a preservação da floresta. As cidades crescem desordenadamente, segundo os interesses econômicos dos empreendimentos imobiliários, que, muitas vezes, não respeitam a legislação ambiental.

A remoção da cobertura vegetal para a construção de loteamentos de lazer, moradias, escritórios e fábricas, além de destruir o bioma, pode provocar deslizamentos de terra e enchentes, bem como prejudicar os corpos de água que servem para abastecer as cidades.

São também importantes ameaças a esse bioma as atividades de mineração especialmente nos estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Espírito Santo e o avanço das monoculturas de plantas exóticas, como o eucalipto e o pinheiro, sobretudo para a produção de papel.

Indígenas, quilombolas e caiçaras

Na Mata Atlântica, vivem muitas populações tradicionais, que detêm grande conhecimento sobre a fauna e a flora do bioma.

São povos indígenas, grupos remanescentes de negros escravizados fugidos (chamados quilombolas) e caiçaras. Essas populações estão organizadas em comunidades e vivem de sua própria força de trabalho em atividades como agricultura familiar, coleta, artesanato ou pesca.

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Fontes:

  • Expatra <https://expatra.com/wp-content/uploads/2021/08/Horseshoe_waterfall_tasmania.jpg>
  • Pinterest <https://i.pinimg.com/564x/b7/1a/fb/b71afb10b2fa84e9b70a1a53a5d34e19.jpg>
  • Pinterest <https://i.pinimg.com/564x/11/03/58/11035826fa917e508b6db16d5896696d.jpg>
  • Aguiar, João Batista. Para viver juntos. Editora SM

https://www.youtube.com/watch?v=GDYClnKO-2I

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