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Se a doença é bacteriana, posso tomar antibióticos por conta própria?

Entenda porque você nunca deve tomar antibióticos com orientação médica

Não, nunca devemos tomar antibióticos por conta própria! Para início de conversa, a venda de antibióticos em farmácias e drogarias é proibida sem receita médica.

Os antibióticos são medicamentos indicados para o tratamento de doenças bacterianas. No entanto, se determinado antibiótico não combater a infecção de uma espécie de bactéria, ele passará a não ter mais efeito sobre elas, sendo necessário um novo tipo de antibiótico para combatê-las.

Microrganismos com esse tipo de resistência a antibióticos são um dos grandes problemas que a medicina enfrenta atualmente.

Esse tema já foi tratado aqui no site no artigo Cuidados com os antibióticos.

E como as bactérias ficam resistentes aos antibióticos?

Como todo ser vivo, as bactérias podem sofrer modificações em seu material genético (mutações) e essas alterações podem ser transmitidas aos seus descendentes.

Caso uma dessas mutações seja benéfica a ponto de impedir a ação de um antibiótico, teremos então uma linhagem (população) de bactéria que não pode mais ser combatida por ele.

Abaixo, algumas das características e tipos de bactérias.

Reino Monera - as bactérias e cianobactérias - características

Quando, durante um tratamento, o paciente não toma o antibiótico pelo tempo e nas quantidades indicados pelo médico, nem todas as bactérias serão mortas, já que a dose do antibiótico não foi suficiente.

As bactérias resistentes ao antibiótico irão sobreviver, isto é, o ambiente (com antibiótico) irá selecionar naturalmente os indivíduos.

Tomar antibióticos sem prescrição pode ser ainda pior, isso porque o remédio além não matar a bactéria poderá torná-la mais resistente a outros medicamentos.

Assim, essas bactérias terão tempo para se reproduzir e tornar a provocar os sintomas da doença. Mesmo que a pessoa volte a tomar o antibiótico, ele não terá mais a mesma eficiência: será preciso tomar doses mais altas ou até mesmo um novo tipo de medicamento. E isso não irá se limitar à pessoa, mas sim a todas as pessoas, pois essas bactérias resistentes se espalham.

Quando nos automedicamos, estamos cometendo o mesmo erro, pois frequentemente o tipo de medicamento ou as dosagens não são adequados e, com asso, são selecionadas as bactérias resistentes.

A rapidez com que novas bactérias resistentes aos antibióticos surgem é bem superior à capacidade dos cientistas de criar novos antibióticos.

Portanto, é fundamental que façamos nossa parte: devemos sempre procurar um médico para ter o tratamento adequado para cada doença.

Nos casos em que os antígenos são muito agressivos e de ação muito rápida, utiliza-se o soro para combatê-los, já que o organismo não consegue produzir anticorpos em quantidade suficiente tão rapidamente.

Os soros contêm os anticorpos para combater um determinado antígeno e, ao contrário das vacinas, são utilizados com a finalidade de curar doenças e não de preveni-las.

Além disso, os soros não têm ação duradoura como as vacinas, isto é, sua ação é passageira, sendo eficaz somente no momento de sua aplicação.

Um exemplo de soro muito utilizado é o antitetânico, que contém anticorpos que inativam as toxinas produzidas pela bactéria causadora do tétano, a Clostridium tetani.

Essa bactéria está presente em diversos tipos de objeto. Pessoas feridas com um material cortante, como um prego ou uma lata, devem ir imediatamente ao hospital e receber uma dose de soro antitetânico, caso não tenha sido vacinada ou estiver em falta com a vacinação contra o tétano.

Você tomou ou toma antibióticos? Teve algum efeito colateral? Como foi seu tratamento? Conte para nós. Deixe seu comentário

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