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Os protozoários – características, classificação, resumo

O que são protozoários: habitat, alimentação, reprodução e seus principais tipos

Os protozoários fazem parte do Reino Protista, são seres unicelulares, microscópicos, de vida aquática, geralmente heterótrofos. As células desses seres possuem núcleo, portanto são seres eucariontes.

Além disso, são seres que possuem uma grande variedades de seres vivos, são classificados pela fora como se locomovem. Dê uma olhada no vídeo abaixo antes de continuar o texto.

O que são protozoários

Protozoários são micro-organismos unicelulares, eucariontes em sua maioria heterótrofos. Fazem parte do Reino Protista. São grupo bastante diversificado. Entre os principais exemplos podemos destacar a ameba e o paramécio.

A classificação desse grupo incluem micro-organismos semelhantes, porém sem relação evolutiva. Isso faz com que sua classificação seja muito controversa.

Neste artigo nós vamos ver:

  • As características gerais dos protozoários
  • Plâncton
  • Classificação
  • Reprodução dos protozoários
  • Algumas curiosidades

Características gerais dos protozoários

Durante cerca de 2 bilhões de anos predominaram na Terra os seres procariontes, semelhantes às bactérias que conhecemos hoje. Os primeiros seres a apresentar células com núcleo surgiram posteriormente.

Esses eucariontes ancestrais provavelmente deram origem aos protozoários conhecidos hoje.

Os protozoários são: unicelulares (formados por uma única célula), embora algumas espécies formem colônias; eucariontes; em geral, são heterótrofos (dependem de outros seres vivos para obter alimento), mas existem alguns autótrofos (produzem seu próprio alimento).

Os protozoários são organismos agrupados no reino Protista, termo que significa “o primeiro de todos”. Existe uma diversidade muito grande de protozoários. Vários deles fazem parte do plâncton e são fundamentais na cadeia alimentar aquática.

Plâncton

O plâncton (do grego plankton = vagante, flutuante) é composto de organismos aquáticos muito pequenos, geralmente microscópicos, que são arrastados pelas correntezas de mares e de rios.

Alguns até apresentam estruturas de locomoção (como flagelos e cílios), mas, mesmo assim, por serem muito pequenos, não conseguem vencer o fluxo das águas. Entre os organismos planctônicos, existem bactérias, cianobactérias, algas, protozoários, larvas de vermes e de insetos, entre outros.

Classificação dos protozoários

Para facilitar a apresentação e o estudo da diversidade dos protozoários, vamos dividi-los em quatro grupos:

  • protozoários ameboides;
  • protozoários ciliados;
  • protozoários flagelados;
  • protozoários apicomplexos.

Protozoários ameboides

O que são protozoários: habitat, alimentação, reprodução e seus principais tipos
SmallRex, CC BY-SA 4.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0>, via Wikimedia Commons

Os protozoários ameboides deslocam-se ou capturam seu alimento por meio de estruturas chamadas pseudópodos (do grego pseudo=falso; podos = pés), que são prolongamentos da membrana plasmática e do citoplasma que, ao se formarem, acabam mudando a forma da célula.

Entre os ameboides, os exemplos mais conhecidos são as amebas, que podem ser encontradas em água doce e sobre a folhagem úmida em decomposição.

Também existem espécies de amebas que vivem em água salgada e espécies que vivem dentro de outros animais, como no intestino do ser humano.

Veja também a aula Os cinco reinos dos seres vivos.

Curiosidade sobre as amebas

Uma ameba suga, engole ou engloba seu alimento?

Os pseudópodos são responsáveis pela locomoção e também para englobar alimentos. Esse processo de captura de partículas sólidas com uso de pseudópodos é chamado de fagocitose (do grego phagein = comer; kytos = célula; sufixo ose = condição de).

O alimento englobado é digerido no interior da ameba, que aproveita os nutrientes para a produção de energia e de componentes celulares. Como essa digestão ocorre no interior da célula, ela é chamada de digestão intracelular.

No grupo dos ameboides, há um grupo de protozoários com muitas características em comum, que recebem o nome de radiolários. Esses protozoários apresentam uma carapaça sólida, com muitos formatos diferentes.

Protozoários flagelados

flagelados doença de chagas
SmallRex, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Os flagelados deslocam-se no meio líquido pelo movimento de seus longos filamentos, os flagelos.

Algumas espécies de protozoários flagelados, como os tripanossomos, são parasitas e podem ser encontrados no sangue de certos animais.

Protozoários ciliados

locomoção por cílios

Os ciliados locomovem-se pelo movimento dos cílios, que são filamentos menores e mais numerosos do que os flagelos. Além de permitir o deslocamento, os cílios também conduzem os alimentos para o interior do protozoário. O protozoário mais conhecido é o paramécio.

Protozoários apicomplexos

Todos os apicomplexos são endoparasitas (do grego endon – interno), ou seja, vivem à custa de outros animais, dentro de seus corpos ou de suas células.

Os protozoários apicomplexos não apresentam estruturas de locomoção. Por outro lado, apresentam uma estrutura em seu ápice que auxilia a sua entrada na célula hospedeira, chamada “complexo apical”, de onde vem o nome do grupo. Esses organismos movimentam-se quando são arrastados pelo fluxo de líquidos no ambiente em que vivem.

Reprodução dos Protozoários

Os protozoários reproduzem-se assexuada e sexuadamente.

A maneira mais comum é a assexuada. Nesse processo, conhecido como divisão binária, cada célula se divide em duas, formando dois indivíduos idênticos.

Existem protozoários que se reproduzem sexuadamente, ou seja, formam gametas (células reprodutivas) que se encontram, se fundem e formam um zigoto (célula resultante da fusão de dois gametas), que vai originar um novo indivíduo unicelular.

Isso ocorre, por exemplo, no ciclo de vida do protozoário causador da malária. No caso, a reprodução sexuada ocorre dentro do mosquito.

Veja na ilustração abaixo como ocorre a reprodução sexuada nos protozoários

Relações Ecológicas

As relações ecológicas interespecíficas são aquelas que ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes. Os protozoários participam de vários tipos de relações desse tipo. Vamos estudar melhor três deles.

Mutualismo

O mutualismo ocorre entre seres vivos de espécies diferentes e todas as espécies são beneficiadas.

Cupins e baratas, apesar de se alimentarem de madeira, não são capazes de digerir a celulose, seu principal componente. A digestão da celulose é feita por protozoários do gênero Trichonympha, presentes no intestino desses animais.

Essa associação é benéfica para ambos: os insetos conseguem substâncias provenientes da digestão da celulose, e os protozoários têm, nos insetos, fonte de alimento e abrigo. Como as espécies dependem dessa relação para sobreviver, dizemos que esse é um caso de mutualismo obrigatório.

Mutualismo facultativo ou protocooperação

Há um tipo de relação ecológica em que os dois organismos são beneficiados, mas não precisam dessa relação para sobreviver: trata-se do mutualismo facultativo ou proto-cooperação.

Um exemplo desse tipo de relação é a dos hipopótamos e certas espécies de peixes. Alguns peixes em rios africanos se alimentam de parasitas que habitam a boca de hipopótamos.

Os hipopótamos quando ficam embaixo d’água com a boca aberta ganham uma “higiene bucal”. Os peixes conseguem alimento, ou seja, é uma relação benéfica para ambos, mas não obrigatória para a sobrevivência.

Comensalismo

O comensalismo é um tipo de relação ecológica em que um ser.vivo se aproveita dos restos do alimento ingerido pelo outro, sem prejudicá-lo.

Entre os protozoários comensais dos seres humanos há a Entamoeba coli. Esse protozoário vive no intestino e se alimenta das substâncias parcialmente digeridas que não são aproveitadas pelo ser humano. Para os protozoários, a relação é positiva; para o ser humano, não há prejuízo nem benefício: é uma relação neutra.

Parasitismo

Há diversos protozoários que sobrevivem à custa de outro organismo (hospedeiro), prejudicando-o, ou seja, são parasitas.

Entre eles, há amebas que causam amebíase; as giárdias, que causam giardíase; o Trypanosoma cruzi, que causam a doença de Chagas; e os plasmódios, causadores da malária.

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